Alerta de Spoilers!
Com um episódio um pouco lento e com fatos já conhecidos, OUAT nos entrega o primeiro episódio que não foi cheio de preocupação e adrenalina. Claro, não foi um episódio ruim, muito pelo contrário, o nível dos episódios continua o mesmo, alto. Mas, não foi de todo especial, principalmente pela antecipação que estávamos para saber o que tinha acontecido com Snow e Emma.
Preciso confessar que a história da Regina não foi lá tão boa. Gerou um pouco de confusão especialmente por parte da cronologia dos fatos. Mas foi boa para que percebêssemos que ela não passou a odiar a pequena Snow de uma hora para outra, seu ódio foi fomentado pela sua busca em não se tornar a mãe. Por um momento eu pensei que a série abandonaria os flashbacks, mas eles continuam por ai, e sua essência foi fundamental para o desenvolvimento do episódio, até seu final.
Regina sempre foi atormentada pela magia, sempre foi prisioneira da própria mãe e de suas ambições. Cora, achava assim como Regina passou a achar, que a magia podia ser tudo o que uma criança precisava para se sentir segura e confiante, desprezando o que ela realmente sentia. E muitas vezes, quando tentamos não repetir os erros de nossos pais acabamos cometendo-os sem perceber.
O verdadeiro sentido desse episódio foi demostrar como todos tem uma dualidade dentro de si. Enquanto Gold e Regina mantiveram suas identidades intactas, eles ainda guardam dentro de si uma confusão muito grande. Regina percebendo que ela também pode ter um momento de felicidade e que para isso ela só precisa abrir mão do ódio que sente e Gold mostrando que por amor, ele pode sim modificar sua faceta maligna.
O caso é um pouco mais complicado para os outros habitantes de Storybrooke, quando a maldição foi quebrada eles passaram a ter que conviver com duas personalidades. Uma que nunca teria final feliz e outra que já tinha experimentado seus momentos de luta e colhido os louros da vitória. Todos eles convivem com essas duas personalidades, o que os torna completamente diferentes do que já vimos, eles não são mais os civis de Storybrooke e também não são mais os habitantes do Bosque Encantado, são os dois.
Charming e sua busca egoísta por tentar reaver a esposa e a filha, exemplificou muito bem esses dois lados. Os príncipes em suas histórias sempre foram aqueles que salvaram as princesas, as princesas por outro lado sempre foram aquelas que precisaram lutar com a maldade, amadurecer, cativar. Mas quando Charming percebe que ele precisa encontrar esse lado para poder ter não só a mulher e filha de volta, mas como manter a sanidade em Storybrooke ele encontra seu meio termo.
Agora que a magia está de volta, ficamos sabendo de mais um aspecto da maldição, que não foi totalmente quebrada, afinal se fosse todos estariam de volta ao Bosque Encantado. A maldição perdura, apenas uma parte dela foi quebrada. Sair de Storybrooke agora não é apenas um risco, é um perigo eminente. Se antes, enquanto ninguém sabia da existência da maldição, acidentes aconteciam, agora a coisa é mais séria, e eu adorei ver a maneira com que isso foi aplicado. Foi uma grande jogada dos redatores.
Outra característica importante para os habitantes da cidade é saber que a maldição age de formas diferentes. Pinóquio voltou a ser de madeira, mesmo tendo virado menino real antes de vir para Storybrooke. O que para mim, demonstra que aqueles que passaram muito tempo fora da cidade amaldiçoada sofrem efeitos diferentes.
No final tivemos um gostinho do que estava acontecendo com Emma e Snow, fiquei feliz por ver que ela não é mais a frágil Mary Margareth, correndo, depois de tanto andar cabisbaixa. Agora, o problema cresce, pois a mãe de Regina volta para a pintura. Não creio que ela será uma grande vilã, minhas teorias para ela são duas.
1 - Cora usa Snow e Emma para poder fugir da prisão e ir para Storybrooke onde terá o confronto com a filha.
2 - Cora usa Snow e Emma para tentar derrubar o poder que assola o Bosque Encantado e assim tentar tomar o poder para si.
De qualquer forma, ainda temos muita história para ver e por enquanto, conclusões são meramente teorias. OUAT apresentou um episódio mais lento, mas ainda conseguiu me prender por todos os 40 minutos.