Um ótimo Season Finale para uma deliciosa temporada.
Com grande pesar, tenho que dar um “até logo” para
Private Practice, terminando agora seu quinto ano na ABC. É provável que essa
tenha sido a segunda melhor temporada da série até aqui (a melhor temporada,
sem dúvida, é a segunda), dito isso, fico com o coração bem apertado em saber
que a próxima temporada provavelmente será a última.
A maioria dos arcos do quinto ano foram bem
desenvolvidos e bem coerentes com a realidade de casa personagem. Até quando
não aguentava mais Pete e Violet (na minha concepção, o pior casal da série),
acabei entendendo que, mesmo com todos os baixos no relacionamento dos dois, o
amor fala mais alto e a gente faz qualquer coisa para passar por cima de
qualquer problema que esteja acontecendo em tal momento.
Essa temporada, porém, se resume a dois nomes:
Caterine Scorsone e KaDee Strickland. Ou seja, Amelia e Charlotte,
respectivamente.
Não há dúvidas de que Charlotte é a melhor personagem
de Private Practice. A trajetória dela, de uma mulher completamente odiada a
esposa, de um cachorro (porque marca o território) à única confidente da mãe do
filho de Cooper, não tem como pensar em odiar essa personagem que é
simplesmente incrível, principalmente por causa de toda a barra que ela já
passou na vida. Acaba fazendo o que acha que é necessário, mesmo que seja
completamente doloroso.
Com o tempo, Mason iria acabar conseguindo lidar com a
perda da mãe e Charlotte estaria lá para ajudá-lo à qualquer momento. Quando
ele finalmente mostra que entende esse novo relacionamento entre os dois e
decide chamá-la de “mama”, foi bem emocionante. Principalmente porque Charlotte
deve ter percebido que tudo o que ela passou, de alguma forma, não importa mais
- Ela tinha algo bem mais bonito e gratificante: ela virou uma mãe.
Gosto de como as histórias são desenvolvidas em
Private Practice, até chegar a um final de temporada bem coerente e
emocionante.O desenrolar da história de Amelia, durante toda a temporada, foi
muito bem construído. Vimos todos os estágios que Amelia precisou passar para finalmente
entender que ter um bebê anencéfalo pode ser algo positivo. Mesmo que a
personagem acredite que doar os órgãos é uma coisa horrível e impensável, de
alguma forma, me fez gostar mais ainda da personagem. Acho que a força de
vontade de Amelia é algo para ser comentado por muitos e muitos anos. Não sei
se outra pessoa em uma situação daquelas conseguiria passar por tudo isso. Por
isso, a atuação de Caterine se mostrou magistral durante toda a temporada.
A questão do bebê unicórnio também levou os nossos
queridos médicos a debaterem se usarem os órgãos do bebê, logo quando ele
nascer, é assassinato ou não, uma vez que se pensarmos bem, o bebê estaria
morto, de qualquer jeito. Não conseguiria levar uma vida normal, não
conseguiria chorar e nem ao menos andar. É uma daquelas discussões que sempre
acontece na série e também é o que a torna tão especial e controversa.
Entretanto, o drama não parou por aí. Ainda havia
muito para acontecer, principalmente no triângulo amoroso da série. Ou melhor,
quadrado amoroso (Henry é provavelmente o melhor ‘homem’ da vida de Addy, ela
que ainda acha que precisa de outro). De um lado, entendo a necessidade da
personagem em conseguir um parceiro para a vida, mas se pensarmos bem, tudo o
que ela realmente queria era um filho.
Por isso, seria bem mais aceitável se Addy não se
casasse com Sam. Primeiramente, o personagem está completamente perdido dentro
da série (até agora não compreendo o motivo pelo qual ele demorou quase o
episódio inteiro para mudar de opinião sobre a cirurgia, uma vez que estava na
cara que precisava passar por cima de qualquer barreira por Amelia) e seu
desejo de voltar com Addison é puro egoísmo. Antes, Sam não queria ter outro
filho, não se importava com o que a ruiva queria, só pensava em si mesmo. Ele
quebrou o coração da médica, não quero vê-la aceitando o pedido de casamento de
forma alguma.
Queria que Addison se tornasse uma mulher
independente, uma vez que já conseguiu o que tanto queria - um filho. A outra
solução, claro, seria Addy se acomodando com Jake. O médico é bem mais sensível
do que Sam e sempre a apoiou no que precisava, mesmo não achando que era o
certo. Sam precisa entender que a fila andou e que seu timing não foi lá um dos
melhores.
Estou bastante feliz com o final da temporada.
Terminaram o episódo com um cliffhanger de matar os fãs de Jaddison, mas
conseguiram manter os arcos que foram desenvolvidos durante todo o ano e ainda
conseguiram dar um fechamento para todos os outros personagens. Torço para que
Private Practice venha com seu sexto ano e faça algo mais bonito do que essa
temporada que foi, no mínimo, excepcional.