A
busca por Nora.
Comecei a assistir esse segundo
episódio de Revolution pensando: Porra, não tem como ficar pior do que o
Piloto. No geral, ainda tá muito ruim, mas pelo menos algumas coisas mudaram,
alguns personagens foram mais bem desenvolvidos, mas no total, o desapego pela
série ainda é tremendo.
Claro que a maior parte desse
tédio com Revolution continua vindo da PRINCIPAL: Charlie. Perceba que ela não
consegue ficar sozinha nem por um dia, não para de encher o saco do tio, sendo
que em tese, ele sabe o que está fazendo e ainda fica TEM DÚVIDAS se Nate é ou
não da Milícia. Mas tudo bem, nenhuma novidade aqui, todo mundo sabe que ela é
burra.
Porém, as coisas deram uma
mudada quando ela finalmente abriu a boca e falou o que realmente queria dizer.
Sua mãe deu um simples trabalho para a menina: cuidar do irmão, custe o que custar.
Ela só quer tentando fazer o máximo possível para se esquecer do fato de que
ela não fez nada em relação ao irmão e se a gente pensar melhor foi até por
causa dela que o irmão foi levado.
A passagem de Danny pelos
terrenos do velho Estados Unidos e nova República Monroe mostra o talentoso Giancarlo
Esposito, que fez o vilão mais perfeito do mundo em Breaking Bad, o Gus Fring.
Sinceramente, se pudesse escolher um motivo para aguentar as várias cenas
arrastadas da série, seria pelo ator, que continua fenomenal, mostrando que
provavelmente se tornará em um dos personagens mais complexos da série.
Por outro lado, todos os outros
atores precisam urgentemente parar de aturar, isto é, se eles chamam o que
fazem nesse episódio de atuação. Há a necessidade de se criar um roteiro
sólido, que não se segure somente por várias e várias caminhadas na matinha.
Até porque, só foi isso que aconteceu até hoje.
Nora foi uma boa adição à
série, mas creio que ela não será regular. Adorei que o único motivo dela ter
entrado no trabalho escravo era para conseguir o rifle, que com certeza daria
uma nota preta no mercado negro, só que não né, já que o que ela quer mesmo é
estourar os miolos da milícia.
Perceba que todo o elenco
parece estagnado e chato, mas talvez isso aconteça só porque ainda não os
conhecemos direito. O que também precisa é maior aprofundamento no passado dos
personagens, como aconteceu com Charlie e também com a madrasta, mas foi uma
cena tão rápida que quase perdi os enormes diálogos.
Porém, Revolution não quis
brincar em serviço e já mostraram que Rachel VIVE. Sinceramente, estava na
cara. Reclamei anteriormente que achava que iriam enrolar em mostrar algum
desenvolvimento na história em geral, e mesmo que eu ainda ache que isto vá
acontecer, tivemos bastantes revelações logo no segundo episódio. Resta saber
se vão continuar nesse pique, entregando um terceiro episódio melhor e mais bem
bolado, e claro, desenvolver melhor a mitologia da série.