Alerta de Spoilers!
Depois de uma excelente primeira temporada, Game of Thrones está devolta para sua segunda temporda, seguindo os moldes da primeira, infelizmente teremos apenas 10 episódios, ou seja, assim que a série terminar sua segunda temporada, já estaremos na porta da estréia de True Blood.
Por falar em True Blood, a HBO tem feito sempre algo muito bom para os fãs dessas séries, sempre liberando o segundo episódio da série no HBO on demand, muito antes da data oficial. Por isso, decidi que teria um tempo a mais e escreveria logo sobre os dois episódios da série.
Vamos então as considerações do primeiro episódio desse maravilhoso retorno. Logo de cara, e acho que todos já estamos cansados dessa noticia, temos o nome de Peter Dinklage como fixo dessa temporada, o anão Tyrion assim como no livro, fará parte de todos os acontecimentos importantes do reino, assim como as melhores cenas.
Ele agora é parte do conselho e foi nomeado pelo pai como a nova mão do rei. Evitar que existam piadas sobre a cabeça de Ned Stark é impossivel, mas diferente de Ned, Tyrion não tem medo de se sujar, apesar que seu principal medo é o de perder a namorada (ex prostituta) Shae. Para mim, ela sempre será a mulher que gosta do cheiro de escremento. Mas isso não é o mais importante, ela é na verdade, a unica coisa que prende Tyrion ao chão, e já vemos que o eunuco não fará pouco para deixar sua marca. E nisso Tyrion difere de Ned, ele “entende como o jogo é jogado”. E deixa bem claro quando o eunuco o ameaça.
Diferente do primeiro ano, em que ficamos ao redor do que poderia acontecer, das maquinações de Cersei, agora já sabemos bem quais serão os desafios. O combate é entre os ditos novos reis, em Porto Real temos Joffrey, em Jardim de Cima, Renly, e competindo para alcançar a coroa também temos Stannis. Sem contar com Robb declarando a indepêndencia do norte.
Logo de cara sabemos que Stannis decidiu espalhar corvos pelo reino delatando que o rei Joffrey é na verdade, fruto do incesto de Cersei com Jaime. Por sorte, Cersei nunca deu um filho legitimo para o rei Robert, ficando mais dificil de ser questionada a veracidade do fato. Mas logo Joffrey ordena que todos os bastardos do rei sejam mortos, não importando a idade. Dessa forma, também conseguimos ver um pouco da personalidade de Cersei, ela é uma mulher ferida, o trono é ao seu ver, um direito de seu filho por todo o sofrimento que ela passou. Um sofrimento que a fez odiar o marido e amar o irmão cada vez mais.
Jaime está se borrando todo, afinal, cativo de Robb que vem ganhando todas as batalhas que tem se atrevido lutar, e ao lado de seu lobo. Preciso dizer que a série consegue me convencer até mesmo nos lobos gigantes.
Brann está com seus chamados sonhos verdes, sonhos em que ele se torna um homem. Uma coisa que a série distanciou-se bastante do livro, foi o apelo a importancia do cometa vermelho. Brann é praticamente o unico que dá moral para ele, mas não sem antes ser discriminado por Osha.
Daenerys até agora foi a que menos teve desenvolvimento, pareando com Jon Snow, nos dois primeiros episódios ambos ficaram resumidos a caminhar, falar e falar. Danny está presa no deserto vermelho, procurando um abrigo ao passo que luta para manter a força. Jon está a serviços de Lorde Mormot, e temo que sua trama será bem sem graça, a não ser que muito do livro seja mudado. Se formos ter alguma ação da parte dele, será mais próximo do final.
Uma coisa apenas eu preciso questionar quanto ao desenvolvimento da série, na verdade, sobre um personagem em especial, Stannis. Quase não ficamos sabendo sobre ele, e sobre sua sacerdotisa, quase nada é ouvido e a dimensão do perigo que ele representa, está ficando um pouco de lado. Afinal, ele não é apenas um pretendente a coroa, ele é o homem que quer instaurar um monoteismo no reino, com a ajuda da sacerdotisa vermelha. Principalmente por que a importancia dos deuses sempre foi diminuida na série, até mesmo dos antigos, só tivemos algumas menções das árvores coração.
Uma das minhas histórias favoritas, é a de Arya Stark, ou melhor, Arry. O motivo? Por que é um dos personagens bem melhor definido na série e mais leve de todos, além de ser o que mais tememos morrer. Ela ainda está reclusa junto com os orfãos, e um de seus companheiros nada mais é do que Gendry, o unico (ao que se sabe) bastardo de Robert que está vivo, herdeiro direto do trono, retirando até mesmo os irmãos Stannis e Renly da disputa. Afinal, quem poderá contestar o reinado de um descendente de linhagem direta do rei? Acho que ainda falta um pouco de “perigo” ao redor de Arry para nos sentirmos ameaçados, faltou um pouco disso nesse segundo episódio, até por que, dois cavaleiros mantos dourados contra um monte de proscritos, não é nada ameaçador. Mas logo as coisas esquentam para ela.
Assim termino a review dos dois primeiros episódios dessa maravilhosa série que é Game of Thrones, uma das unicas séries que possui um leque de personagens tão grande e ao mesmo tempo tão bem desenvolvidos, vide a história de Theon, tudo o que mais quis foi voltar para casa, quando volta (a mando de Robb), encontra um lugar em que ele não se encaixa e um pai que quer apenas a destruição do norte.