Grey's Anatomy 8x13: If/Then

E se... Shondaland parasse de viajar toda temporada?


Não fomos muito felizes ano passado quando Shondalinda resolveu capitalizar com a fama de Glee, fazendo aquele ICÔNICO episódio musical de Grey's Anatomy, que realmente NÃO tinha nada a ver com a série e só fez com que ficássemos com mais raiva do único casal que teve destaque temporada passada: Callizona.

Perceba que, por causa disso, era de se esperar que muitos fãs ficassem com medo quando Shondaland resolvesse arrumar um jeito de capitalizar com a fama baixíssima (infelizmente) de Fringe, com o episódio dessa semana, o Lado B de Grey's Anatomy.

Perceba que até com essa mudança de realidade, até o nome da série devia ter sido firmamente alterado para Webber's Anatomy. Verdade seja dita, não fui muito fã desse episódio. Serviu bem o motivo pelo qual foi feito: um filler que simplesmente não traz nada de novo para a temporada e ainda fez com que personagens ficassem mais ainda insignificantes.

Só não fico triste por completo porque na realidade, o episódio foi bem divertido, levando em consideração todos os erros e plots forçados que foram jogados no episódio. Já fiquei bastante interessado quando vi Addison, finalmente grávida. Infelizmente, trollaram geral com a cara da personagem, que não está conseguindo MESMO ter um filho em Private Pratice.

Engraçado como as coisas aconteceram: April, a pessoa mais apagada da série, virou a melhor amiga vadia de Meredith, mostrando que sabe muito como lidar com o noivo da amiga. Cristina estava muito tensa com aquela franja, fiquei com medo quando ela apareceu em tela, parecia um demônio, sinceramente.

Karev, aliás, foi provavelmente o que mais estava diferente e uma mudança totalmente nonsense, que nunca poderia acontecer. Mesmo em um universo relativo, todos os personagens estavam diferentes, mas ainda estavam de acordo com a personalidade na vida 'real', por assim dizer, menos Lexie (óbvio) e Karev.

O grande destaque do episódio foi Ellis Grey mostrando quem é THE BOSS, monopolizando o hospital inteiro, trabalhada na falsa modéstia e mostrando que realmente nunca foi uma boa mãe. Ellis literalmente elevava muito o nível e seus colegas nunca conseguiam ficar no mesmo nível que a monster.

Até mesmo Richard, ficou super pau mandado da mulher, só servia mesmo para consolar a filha quando a mesma descobre que sua amiga virgem está fornicando com o recém noivo. Meredith morreu por causa disso e Ellis chega, toda trabalhada nos conselhos, mas só estava falando sobre a cirurgia mesmo.

O melhor foi a dicotomia existente entre as duas naquela cena mesmo. Antes, Meredith veio para Richard chorar sobre a perda do dia, que foi descobrir a verdade sobre sua BFF e seu noivo, enquanto Ellis chorou também no ombro do marido, mas o problema dela era estritamente sobre trabalho.

Em um mundo com Ellis Grey, ninguém é páreo, nem mesmo Miranda Mandy Bailey, como foi bem denunciado no episódio inteiro. A baixinha só ia conseguir ser uma Natzi em um mundo sem Ellis Grey, literalmente.

Com ou sem Ellis Grey, Cristina Yang continuou a mesma, só que bem mais trabalhada na maldade. Achei, novamente, uma mudança que faz sentido para a personagem. Aparentemente, Shondaland não sabia o que fazer com Callie, Arizona e Owen, jogando Callie e Owen juntos, até casados e com filhos e do nada, PÁ, ela dá um abraço em Arizona e percebe que é lésbica. Ah, por favor, né?

Tanto os dois quanto Mark aparecendo no final foi jogado sem pensar duas vezes, já que foram os que menos foram aproveitados durante o episódio e os personagens que menos foram desenvolvidos durante o episódio. Até Addison, que nem na série está mais, foi bem mais desenvolvida do que os dois, que estão quase desde sempre em Grey's.

Percebi, porém, que se Meredith fosse controlada por Ellis, ela realmente nunca seria amiga de Cristina ou muito menos seria 'just a girl in a bar', como bem denunciou todos as cenas nostálgicas e feitas quase identicamente à outras de outros episódios da série, como o do piloto e a cena em que Mark fala 'that's awkard'.

A melhor referência, porém, foi, Charlie, que ainda de estar vivo, soltou um SHOOT ME. Ri muito desse momento, me lembrando do episódio super tenso do tiroteio. Até Izzie e George foram lembrados, e acho que depois dessa, Katherine Heigl deve ter mudado de ideia e não quer mais voltar à série.

No fim, foi um episódio levíssimo, com algumas cenas boas, mas que ficou só na questão do destino. O destino me diz que Shondaland precisa parar de fugir de sua própria fórmula, algo que infelizmente, quase sempre, não dá certo.