Alphas - 1.03: Anger Management

Olha, vou dizer sinceramente, se Alphas continuar com essa qualidade impecável eu esqueço que Heroes um dia existiu, e entrego o espaço na prateleira. Por que vou te contar ein, isso não foi televisão, foi obra de arte.

Alerta de Spoilers!

Quando eu comecei o episódio eu já estava feliz, diferente de algumas séries que comecei a assistir como Falling Skies que eu simplesmente não consegui fazer ligação com os personagens, não consegui gostar deles, com Alphas já foi o oposto. Todos são interessantes, mas meu favorito é o Gary.

O que eu mais gostei nesse episódio foi o plot para o Alpha vilão do dia. Diferente de Heroes que focou nos personagens mais do que tudo, em uma trama que vai muito além da realidade, Alphas demonstra que quer se firmar como uma série de ficção com os pés no chão. O problema central é aparentemente uma menina alpha que tem a habilidade de deixar as pessoas loucas, através de seus feromônios. Mas não simplesmente loucas, elas ficam loucas de raiva, e descontam na pessoa mais próxima.

Quanto a construção do agente Don Wilson, eu falei, ótimo, uma das principais características das séries que eu amo é a capacidade de construir figuras ambíguas, que hora você ama, hora você detesta, mas na maioria das vezes entende. Isso Alphas fez com primazia. Pena que não durou muito tempo, não fiquei tão triste por que ainda temos o misterioso Nathan Cley.

A missão do Dr. Rossen é meio cinza ainda, ele montou um grupo de humanos com habilidades extraordinárias, mas ao mesmo tempo manda os que saem da linha para uma instalação que ele não sabe muito bem qual é a finalidade. Isso me deixa meio com um pé atrás com ele, que com certeza tem capacidade para muito mais. Sobra a pergunta, o que ele vai fazer quando descobrir a intenção real dessa instalação? Vai incitar os seus pupilos a rebelião ou rendição? 

Agora vamos ao ponto que eu fiquei mais esfuziante, a cena em que eles apreendem o garoto Matthew, que era o "irmão" da menina alpha que estava cometendo todas aquelas loucuras, só para após alguma lenga lenga ficarem sabendo que ele era o alpha e tinha total controle de suas habilidades, apesar de não totalmente. A cena em que ele infecta todos os nossos alphas favoritos e alguns agentes de tabela, a construção do momento a interpretação dos atores, a musica que usaram como pano de fundo, tudo casou com uma perfeição tão grande que eu desejei por aquele momento ser o padre dessa união maravilhosa. Voltei a cena trinta vezes só para ficar vendo o impacto que uma cena bem construída tem sobre o telespectador.

Um episódio fenomenal, e digo mais, se alphas conseguir apenas manter esse ritmo eu digo que sou fiel até o fim, e se não renovarem, eu vou até o escritório da Sci-Fi para ter um momento Angel em Wolfram & Hart. Agora se a qualidade cair, eu vou suspeitar que o mundo não tem espaço para séries de super heróis que não saíram da Dc ou Marvel.