[Review] Quarta Temporada de Buffy a Caça Vampiros

Sobrevivendo por quatro anos em exibição, Buffy chega a seu ápice e também a temporada mais temerosa para os produtores. O ano da faculdade...

Todas as séries norte americanas que começam no ensino regular e passam para a faculdade sofrem uma queda na qualidade dos episódios muito grande, conseqüentemente a audiência começa a afundar também, nem mesmo Buffy que já havia se consolidado escapou dessa maldição.

Nessa temporada temos a inclusão de vários personagens a trama central, assim como a saída de alguns. Angel e Cordélia já não fazem mais parte da série, já que o vampiro ganhou uma série própria e levou a moça para trabalhar com ele (não necessariamente nesta ordem). Outra saída da série muito bem empregada foi Oz, já deixei bem claro que não curtia muito ele como par romântico da Willow, queria alguém com um pouco mais de participação, não ajudou muito com Tara, a nova adição da temporada, ela é sempre muito calada, porém foi de grande importância para a descoberta de Willow.

Enquanto a terceira temporada buscou o amadurecimento dos personagens, a quarta é uma descoberta.

Buffy pela primeira vez não está se relacionando com um vampiro, seu novo namorado Riley é humano, mesmo tendo conhecimento do mundo que os cerca, cheio de demônios e outras criaturas, ele não queima quando o sol o atinge, e também não precisa de convite para entrar na casa de Buffy. Mas o problema inicialmente é esse, ele não faz Buffy sofrer, simplesmente existe a seu modo.

Xander agora está com Anya, a ex-demonio aparece como um dublê para Cordélia como figura feminina cômica e acabou se tornando uma ótima adição para a série, não apenas para a temporada. Para ambos também foram descobertas, Xander não entrou na faculdade como os amigos, mas está namorando e em constante mudança de empregos, trabalhando como bartender, sorveteiro, até encontrar-se no ramo de construção civil. Anya por outro lado está se desenhando como humana, já que passou por mais de 1000 anos como um demônio.

Não podemos nos esquecer de Giles, que antes era não só o Wathcer de Buffy, mas também o bibliotecário da escola, agora ela não é mais nenhum dos dois, Buffy quase não o procura mais para aconselhamentos e a vida como desempregado só nos rendeu uma coisa boa, sua dinâmica com Spike e a cena em que ele canta “Behind Blue Eyes”.

O Big Bad da temporada é dessa vez, o próprio governo, e futuramente o cyborg Adam (Adão). Colocar o governo como inimigo foi um crescimento muito grande para os personagens, que agora lutam contra os que julgavam “inocentes” frente a monstros e lutadores sobrenaturais.

Outro detalhe importante para a série é que finalmente Buffy está fora de casa, quase não vemos mais Joyce e o amadurecimento que existia na personagem dá lugar a um aspecto mais jovial, infantil, como competir pelo quarto com sua colega demônio, ou perceber que não é preciso que um homem não tenha alma para ser ruim e fazê-la sofrer após o sexo.

É então que felizmente o arco Willow-Oz se fecha, após trair Willow com outra loba, Veruka, Oz decide se excluir e viajar em busca de uma cura para seu lado lobo, voltando depois para encontrar Willow bem com sua namorada, Tara.

Acho que somente o episódio Hush, que foi premiado, salvou a temporada de um misto de episódios tediosos, até por que, ficar em silêncio por praticamente 40 minutos e ainda manter o nível da série alto, não é um feito para qualquer um. Outro episódio que me deixou encabulado, foi o ultimo da série "Resteless", aquilo sim é um sonho (inception).

Entre outros pontos altos da temporada posso citar a volta de Faith, e a troca de corpos entre ela e Buffy, deu uma apimentada na temporada, claro que tudo isso serviu também para deixar as coisas mais excitantes em outra série, já que logo após Faith fugir de Sunnydale ela decide mostrar seu afeto em L.A.

Foi uma temporada meio fraca, um tanto morna para mim. Teve seus pontos altos, mas os baixos superaram em alguns momentos. Não me interessei muito pela trama da Iniciativa, muito menos senti algum perigo frente a ameaça do governo, gostei muito da professora Walsh, que depois se mostrou uma traidora extremamente passional, morta pela própria cria. Sinceramente, gostei muito do Adam como vilão, mas estava “fodão” demais, sem nenhum ponto fraco, só foi jogado no final da temporada sua fragilidade, mas mesmo assim bem porcamente.