Big Brother
Anatomy.
Às vezes, é interessante para uma série que
está no ar há tanto tempo, dar uma extravazada. Logo de cara, o episódio
parecia bastante estranho e que seria um daqueles que é 8 ou 80 e mesmo que o
episódio tenha sido medíocre para níveis de Grey’s Anatomy, ainda foi
extremamente aproveitoso.
Para a maior parte da equipe, fechar o ER com
certeza é um tapa na cara, já que a emergência é basicamente o que mais sentido
e uma das formas de ajudar aqueles que precisam. A Médica Má não consegue
perceber isso, mas o fato de terem colocado ela logo na primeira oportunidade
para ajudar um dos pacientes foi bem oportuno. É claro que Owen estava
esperando que ela percebesse o tanto que não fechando a sala de emergência
ajudaria os necessitados, mas é óbvio que isso não iria acontecer.
O mais óbvio foi a descoberta de Derek, de que
Alana está deixando o hospital pronto para ser vendido. Sério, não é essa a
solução mais fácil? Infelizmente, é. Mas como é Grey’s Anatomy e o máximo que
aconteceu com o hospital foi uma fusão, é provavelmente que esse plot não
aconteça. Porém, não há duvidas de que estão conseguindo lidar muito bem com um
arco que não é tão inovador. Owen foi ingênuo em pensar que ela iria mudar os
planos só porque ela ajudou a salvar uma vida, o hospital está na desgraça e a
atitude da Alana pode não ser o que os outros médicos achem certo, mas é o que
ela faz para tentar ajudar.
Usar Kepner para falar com os atendentes com
certeza não foi uma boa ideia, é claro que ela não iria acontecer, já que a
médica consegue ser, ao mesmo tempo, insegura e intensa. Mas ainda há muitos
que gostam da ex-virgem no mundo, como por exemplo, o paramédico gostoso.
O lado cômico do episódio também ficou por
conta de Bailey, com sua puxação de saco tremenda, mostrando que está disposta
a falar qualquer coisa para manter o emprego. A competição entre os médicos é
sempre saudável, mas como não amar ver Bailey fazendo referências à The Hunger
Games? Simplesmente inapagável. Outro bom momento foi Callie rindo igual o
Coringa e destruindo as esperanças dos internos, colocando todos em seus
devidos lugares.
O cara das hérnia parecia ser gente fina, mas
como ele não se importa com pacientes, já está na minha lista negra. Um dos
problemas que já foi discutido em outros momentos na série é a questão da
medicina que está constantemente progredindo e mesmo que seja um fato, há ainda
aqueles médicos que se recusam a participar do movimento. Esse foi o caso do
Doutor Dinossauro no começo da temporada e também foi o caso de Richard.
Meredith não está acreditando até agora na
sorte que teve em ficar grávida que qualquer coisa é motivo de drama. O melhor,
porém, foi Bailey saindo correndo para ver se ela estava bem, afinal ela é como
se fosse uma mãe para todos os residentes mesmo não assumindo que se preocupa.
São por atitudes como essa que a gente vê que eles são mais do que ex-alunos
para ela.
O grande acontecimento do episódio, porém, foi
o paciente de Cristina e Interna #4. Nunca haviam tratado desse tipo de
situação antes, mas estava na cara o desenvolver de toda a história. A menina
não possui escrúpulos, mas aquela foi uma atitude muito errada e arriscada. Por
mais que eu dê total apoio a ajudar pacientes de toda maneira possível, a
situação gritava o contrário. O fato do menino não ter comentado para nenhum de
seus amigos sobre sua religião é um indício de que ele não se identificava como
Testemunha de Jeová, mas não tinha como termos certeza de tal pensamento. Cristina
fez o que pode com o que tinha, mesmo que isso significasse perder um paciente.
E quando todo mundo achava que a pivete ginasta
não ia levantar da cama, aparece Arizona, que realmente sabe das coisas,
mostrando que é preciso dar um empurrão, ou no caso, puxar pelos braços uma
rebelde sem causa. E ela mesma sabe que de nada adianta cruzar os braços e
lamentar a tragédia ocorrida. Bola para frente para tentar viver a vida da
melhor maneira possível de hoje em diante.