Durante 3 temporadas, presenciamos diversos casos em que a
protagonista de Covert Affairs agiu com base muito mais em seus instintos e
intuições, do que raciocinando friamente. Realmente, os instintos humanos,
costumam valer muito, e na maioria das vezes estão certos. Isso não é exceção à
nossa jovem agente, que usou e abusou deste artifício para criar e solucionar
confusões das quais pensamos ser impossíveis achar uma saída.
Infelizmente (ou felizmente) ninguém é perfeito, e neste
episódio, Annie Walker mostrou o seu maior defeito, a precipitação. Fazer
qualquer coisa sem pensar “direito” na maioria das vezes nos trás consequências
que poderiam ter sido evitadas. A precipitação, muitas vezes, atrapalha mais
até do que quando a pessoa age com o sentimento do que com a razão,
característica de nossa protagonista.
Nesta semana, Covert Affairs trouxe um bom episódio,
dirigido pelo ator Christopher Gorham, que representa nosso adorado Auggie na
série. Vou confessar que não notei nada de diferente em relação aos habituais
episódios de Covert Affairs, mas sinto, que Chris, tentou fazer um episódio mais
emocional e tentou mexer com a mente do telespectador mostrando as fragilidades
dos personagens, mais retratados em Joan e Annie, além da abalada relação entre
as duas.
O episódio já começou com Annie atravessando ordens de Joan
e indo diretamente a Arthur para fazer uma missão com base nas informações
adquiridas por ela com Eyal, na semana passada.
Annie tinha informações que um “intocável” da Arábia Saudita, sem antecedentes,
estava para se encontrar com um terrorista conhecido. Este intocável era Khalid
Ansari, que por conveniência, possuía uma namorada americana, Megan. O plano de
Annie era conseguir mais informações sobre esse encontro através da namorada de
Khalid.
Não vou comentar muito sobre a volta de Parker (que já foi
embora denovo), pois acredito que ela só apareceu para Auggie não ficar
totalmente avulso no episódio dirigido pelo ator que o representa.
Estava tudo previsível, andando como esperávamos. Annie
convenceu Megan que seu namorado é um terrorista e a CIA atacou Khalid e o tal
terrorista Kamal Al Masri. Parecia que o ataque tinha sido 50% certo, e Khalid
havia fugido, porém, Annie “fuçou” nos arquivos que Eyal lhe passou da Mossad e
descobriu que as fotos de Kamal Al Masri haviam sido alteradas, e parece que o
terrorista escapara também.
O excesso de confiança de Annie em Eyal e principalmente sua
precipitação fizeram Annie convencer a CIA a executar um ataque mal planejado,
e as consequências são as piores para nossa protagonista. Ainda genuinamente
(ou ingenuamente) acho que Eyal foi enganado pela sua chefe e passou as
informações falsas para Annie sem saber. Agora é ver como Annie vai corrigir
essa bagunça na próxima semana.