Comecei a acompanhar Parenthood
quando ela estreiou, em janeiro ou fevereiro de 2010. Havia dois motivos:
Lauren Graham e Peter Krause. Desnecessário dizer que eles fizeram parte de
duas séries que amo de paixão e considero as melhores até hoje, Gilmore Girls e
Six Feet Under. Logo no piloto, fiquei totalmente encantado com a família
inteira, sem nenhuma exceção, o que significa uma só coisa: essa delícia vai
continuar recebendo meus elogios até o final. Esses dois últimos episódios
foram simplesmente deliciosos e emocionantes, então vamos lá comentar.
Os melhores dramas sempre acontecem
com Jasmine e Crosby, por serem recém-casados e pelo último estar aprendendo
ainda como se comportar como um pai, sem contar que ele ainda está descobrindo
tudo o que esse papel demanda. Tudo é sempre tão realista. Há coisas que Jabbar
vai passar e Crosby não vai poder se conectar, por não ser negro, por exemplo.
É triste, porque todo pai sente que sua única função é proteger seu filho, mas
há algumas coisas que não dá para controlar. Fiquei extremamente emocionado
pela simplicidade e honestidade que Jasmine tratou o assunto. Foi bem tocante e
foi extremamente necessário.
Só o fato de Max ter ido e
falado com todas as outras crianças para conseguir as assinaturas, foi
extremamente gratificante para Kristina. Não há dúvidas de que o menino está
evoluindo e consegue agora lidar melhor com suas limitações. Quer ele ganhe ou
não, já fez algo que está longe de sua zona de conforto e é isso que conta, no
final das contas.
Porém, entendo o que Adam
estava tentando fazer, não pensar no futuro porque o futuro está completamente
embaçado, não há nenhuma certeza, ele não quer esperar para que a cirurgia
aconteça. Kristina, por outro lado, não quer perder a luta e não vai se deixar
levar por causa de sua condição.
Já tínhamos visto Julia ter sua
‘conexão’ com o novo filho, mas já estava na hora de Joel. Ele não se deu bem
no baseball de primeira, mas só pelo fato de Victor ir atrás do pai para
mostrar que está tentando foi demais. Pena que Julia descobriu que você não
consegue ter tudo, quando quer. Pensava mesmo que ou ela seria despedida ou ela
iria embora. Estava apostando mais na segunda opção porque é mais emocionante.
Gostei que Zeek finalmente encontrou
seu lugar no mundo. Além do mais, Ryan provavelmente é o novo interesse
romântico de Amber, que está desesperadamente precisando de uma storyline
convincente. Sem contar que Zeek foi super safadinho, usando o nome do cara
para colocar mais pressão no treinador colocar Victor no jogo. Simplesmente
muito inteligente. Toda a cena do jogo foi simplesmente divertida e especial,
todo mundo louco nas arquibancadas, e de repente só vejo Sarah tirando uma
foto: indício de quem estará na cama dela na próxima noite.
Já faz alguns episódios que
Hank está encantando Sarah. Adoro que ela praticamente o odiava no começo, mas
Hank está fazendo de tudo para fazer Sarah cair de amor por ele: Antes, era
distante, agora, até apresenta a filha para Lorelai e ainda ficam se conectando
com comentários sobre The Hunger Games. O momento em que eles se beijaram porém
foi bem embaraçoso, principalmente porque Hank se recusava a falar sobre isso
depois. Mas, perceba que Sarah está tentando acelerar sua relação com Mark
porque ela não quer lidar com seus verdadeiros sentimentos.
Continuam acertando no ritmo ao
tratarem o câncer da Kristina. Vão adicionando novos e novos elementos todo
momento, mas eles usam o tempo que acham necessário para ter mais impacto. A
primeira coisa que pensei quando Kristina teve seu diagnóstico foi: E HADDIE?
Finalmente tivemos a resposta.
Realmente é difícil conseguir se concentrar nos estudos quando sua mãe está com
câncer, e o pior mesmo é a distância o sentimento de impossibilidade de não
poder fazer nada por estar tão longe. Porém, mesmo Adam tentando segurar as
pontas (a atuação de Peter Krause está impecável), Haddie precisa estar com sua
mãe em um momento tão sensível.
Um ótimo trabalho do diretor,
Jason Katims, que obviamente pensou muito para chocar ao máximo com aquela cena
final. Ao focar nas reações da família do que em Kristina, fez com que o
momento elevasse muito o nível para um drama. As próximas séries drama que
vierem após Parenthood possuem um GIGANTE desafio: conseguir ser tão realista,
emocionante e coerente igual a precedente. Digo com todo o meu conhecimento que
Parenthood é um dos melhores dramas familiares que já passaram pela minha vida.
Simples assim.