[Reviews] Homeland - 2.01: The Smile [Season Premiere]

Uma das melhores séries dos últimos tempos está de volta.


Como nunca fizemos uma review de Homeland aqui no blog, irei fazer uma introdução do que é o universo da série e como se desenvolveram alguns dos principais acontecimentos da 1ª temporada (que recebeu o Emmy de melhor série) e depois então, falar como foi esse primeiro episódio da 2ª temporada.

Homeland é uma série que procura tratar a espionagem como ela é. Através de uma história e roteiro impecáveis, Homeland é baseada na série israelense Hatufim criada por Gideon Raff. O programa é estrelado por  Claire Danes  como Carrie Mathison, uma oficial de operações da CIA que passou a acreditar que um fuzileiro americano, o Sargento Nicholas Brody, interpretado por  Damian Lewis, que era um prisioneiro de guerra da Al-Qaeda, passou para o lado inimigo e agora representa um significativo risco a segurança nacional. Completam o elenco principal, a brasileira Morena Baccarin, como Jessica, esposa de Brody e Mandy Patinkin, com Saul, o agente mentor de Carrie e melhor amigo dela. O restante do elenco de apoio é muito bom, e não deixa em nada a desejar.

Na primeira temporada da série, aconteceu de tudo, sempre partindo da busca de Carrie por informações sobre uma possível aliança entre o Sgt. Brody e o líder da Al-Qaeda, Abu Nazir (Navid Negahban). Nos primeiros episódios, já era notável quanto potencial a série tinha para desenvolver uma grande história, e ao longo da temporada, isso apenas ficou evidente, e foi comprovado com a série ganhando o Emmy de melhor Série e os atores Claire Danes e Damian Lewis ganhando os prêmios de melhor atriz e melhor ator em série dramática respectivamente.

Entre os principais acontecimentos da 1ª temporada, temos a grande percepção de Carrie em relação às atitudes de Brody, os problemas mentais da protagonista, que é bipolar, e um ótimo jogo de espionagem, que teve até Carrie se apaixonando por Brody em um fim de semana inesquecível. Praticamente todos os personagens que entraram ou participaram da série tiveram alguma relevância na história e percebemos que os roteiristas da série sempre procuram fechar seus "nós". Vimos também como Brody realmente passou para o lado de Nazir e como os problemas mentais de Carrie a atrapalharam em seu plano que estava "quase" dando certo. São tantos acontecimentos relevantes que fica difícil falar sobre todos sem estender demais sobre o assunto. Terminamos a primeira temporada com Carrie internada em um instituto psiquiátrico e demitida da CIA; Brody por sua vez conseguiu se tornar um Senador.

Nessa Season Premiere da 2ª temporada, a série já chega aclamada pela crítica e não é mais aquela surpresa agradável que foi, tendo agora a responsabilidade de no mínimo manter o ótimo nível apresentado na primeira temporada. E o que tivemos foi um episódio que nos fez lembrar por quê Homeland ganhou os Emmy Awards recentemente.

Vimos que Carrie procurava retomar sua vida após as decepções amorosas com Brody e ter sido demitida da CIA e feito tratamentos psiquiátricos de choque. Agora ela era apenas uma professora (acho que comunitária). Brody por sua vez, após ser eleito Senador, procurava agora um jeito maior de se aproximar do que ele e Nazir consideram o grande vilão da história, o vice-presidente dos EUA, e aceita a provável proposta para se tornar o vice-presidente do atual vice que concorrerá à presidência. É muita conspiração.

Parece que Nazir está querendo ver qual é o real progresso de Brody ao se aproximar do "vilão" Vice-Presidente, e até manda uma "jornalista" que é sua amiga para ajudar Brody a coletar informações no gabinete de Estes (David Harewood), o antigo chefe de Carrie na CIA e que tem papel fundamental na série.

Um dos pontos tratados muito bem na primeira temporada e retomados agora nessa Season Premiere, foi a relação aproximada que Brody desenvolveu com sua filha, Dana (Morgan Saylor), onde parece que ela é sua única "amiga" de verdade - ao ponto da garota ser a responsável por ele não ter feito um ataque ao vice-presidente e os políticos na Season Finale passada. A cena final em que ela ajuda o pai a enterrar o Alcorão, "arruinado" por sua mulher ao descobrir que Brody é de fato muçulmano como sua filha havia dito, mostra o quanto os dois continuam próximos.

Carrie, como esperado, arrumou um jeito de voltar à espionagem, após a esposa de um dos comandantes do Hizbollah (movimento de resistência libanesa) afirmar que tinha uma informação sobre um possível ataque terrorista e só confiava em Carrie para falar alguma coisa. Inicialmente, parecia mesmo que Carrie estava indo à contra-gosto, mas após ser perseguida e conseguir se livrar com muita destreza, ela sai com um sorriso no rosto como no titulo do episódio, mostrando que realmente adora o jogo de espionagem. E essa personalidade bipolar, excêntrica e inteligente da protagonista, já rendeu muito na primeira temporada e com certeza irá render muito segunda temporada também.

Observações:

- Prevejo que nessa temporada a "nossa" brasileira Morena Baccarin terá uma participação maior;
- Quero ver ainda no que vai dar essa relação tão aproximada entre Brody e sua filha Dana;
- Carrie de volta à espionagem é tudo que queríamos, e acho que a série acertou ao colocá-la de volta no jogo logo no primeiro episódio da temporada.

@alexim91
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