RuPaul’s Drag Race está de volta, e eu sentia tanta saudades, que quase não percebi o quão excelente esse episódio foi.
Alerta de Spoilers!
Sei que muita gente curte uma tradição em séries, principalmente os do estilo reality show, mas RuPaul sempre nos presenteia como uma premiere um tanto morna, exceto a terceira que teve o retorno de Shangela. A premiação desse ano é, além do estoque de cosméticos, contrato com a Absolut Vodka, ainda temos 100 mil doletas. Isso sim é premiação.
Comentando quanto as participantes dessa temporada, vou pontuar apenas três, que eu imagino no finale e três que eu imagino indo embora logo logo. Minhas três favoritas:
Chad Michaels, pela sua imensa carreira em imitar Cher , só por isso já me ganhou. Afinal, quem não se lembra do fiasco que foi a temporada passada com Delta Work tentando vencer o Snatch Game com aquela Cher macarrônica? Eu nunca esquecerei. Por isso, coloco Chad como minha favorita, não ganhou o primeiro desafio, mas também não ficou entre as piores, não é uma forma tão boa de se começar, mas é aceitável.
Sharon Needles, essa eu nem preciso dizer, tem uma presença fortíssima e uma personalidade mais apimentada ainda, me lembrou muito a Raja. E se continuar com looks incríveis e performances como a do primeiro episódio, tem tudo para ser uma das finalistas, se não, a ganhadora da competição.
Willam, meio incerto sobre Willam, mas preciso confessar, se ele souber utilizar a experiência que tem, pode chegar ao finale. Willam já participou de muitos filmes e séries, esteve em Nip/Tuck, e já está no elenco de vários filmes em pós produção. É um pé no saco, pra falar a verdade, vive se gabando e já conseguiu o ódio de Phi Phi O’Hara, mesmo assim, tem chances.
Vamos agora as três que eu acho que já vão sair rapidinho? Tirei a eliminada do episódio de estréia por que essa já foi mesmo, né?
Madame LaQueer, essa eu não consegui entender nada do que fala, seria uma boa substituta para o papel de Yara Sofia, mas não tem carisma, se tem, ainda não demonstrou, está mais para Mimi Imfurst. Acho que não deve durar além do segundo ou terceiro episódio.
Jiggly Caliente, não acredito que vá durar muito tempo, tem carisma mas não tem muito senso de bom gosto, o que pode fazer com que caia na teia de Santinno e Michelle.
Lashauwn Beyond, ela tem o Shangela factor, não sabe se maquiar, mas não vi ainda o Shangela humor. Então, pode acabar caindo fora rapidinho se não mostrar carisma, uniqueness nerve and talent. Mas também pode dividir essa zona de perigo com Kenya Michels. Sem falar que o programa nem começou e ela trouxe consigo a cartilha Stacy Lane, “No próximo eu vou dar meu máximo”.
O episódio foi algo excelente de se assistir, trouxeram Shangela, só que dessa vez só de brincadeira, outro ano com os Hallelloos dela e eu desistiria da série, mentira, mas ficaria muito irritado. Não só trouxeram Shangela, como nos presentearam com um apocalipse zumbi de drags. E os zumbis eram antigas competidoras da série, Ongina e Cia ficaram ótimas. As novas meninas deviam pegar os apetrechos que as zumbis carregavam e incorporar seu melhor look pós apocalipse.
O quick chagelenge foi uma foto, pra variar com Mike Ruiz, ao estilo Britney Spears em Hold it against me, tinta no vestidinho branco, pose pra foto. Apesar de ter vencido, Jiggly Caliente não conseguiu nem de longe montar um look interessante para a passarela.
Por isso, como campeã tivemos Sharon Needles com uma apresentação mágica, demonstrando que ao invés de ser uma drag sobrevivente do fim do mundo ela é uma drag que morreu no fim do mundo e voltou zumbi. O que mostra que não é preciso mostrar o corpo para entregar uma apresentação vitoriosa.
Já Alissa Summers se focou muito nos seios falsos e acabou indo para o lypsinc com Jiggly. Quem sai é Alissa que fez uma dublagem Carmen Carrera, sem nenhum sentimento e com cara de morta.
Menção honrosa para Elvira, rainha das trevas que participou como juíza convidada ao lado de Mike Ruiz. Um retorno digno de uma série como RuPaul. E que venham mais episódios fresquinhos.