Review - Pânico 4 (2011)

Em Pânico 4, dez anos depois dos acontecimentos do último filme, Sidney Prescott (Neve Campbell) agora é uma autora de um livro de auto-ajuda, e resolve voltar a sua cidade natal, Woodsboro, para uma última parada na turnê de promoção. Com a sua volta, porém, o Ghostface ataca novamente, colocando todos que ela conhecia e agora conhece em perigo.

O início do filme foi absolutamente brilhante, com novas caras tomando conta da franquia, mostrando aquela metalinguagem que vou citar mais na frente. Poderia ter sido a maior bomba do mundo ter colocado aquela cena bem no começo do filme, mas funciona bem e já mostra como devem tratar o filme até o final: com humor negro até não aguentar mais.

Inicialmente, já sabia que, como em todos os filmes, o assassino deveria ser alguém que possui alguma ligação com o passado de Sidney. Já no começo do filme, falei para a minha amiga: deve ser uma irmã, tio, tia, sobrinha, algo do tipo. E não que eu estava certo? Mesmo tendo acertado isso, quando finalmente descobrimos quem era, foi um choque. O filme conseguiu manter em suspense aquilo até o final, fazendo manobras no roteiro que só o Kevin Williamson consegue fazer. O filme não começa e nem termina de maneira óbvia. Pânico 4 faz menção de um próprio subgênero que a própria franquia criou. Metalinguagem no cinema!

O trio principal está de volta – Gale (Courtney Cox), Dewey (David Arquette) e Sidney. Agora, outra geração também tomou conta da cidade, com menções honrosas para Hayden Paniettiere e Emma Roberts como uma das principais. As novas adições no elenco mostra que o titio Wes sabia muito bem como renovar a sua franquia, trazendo pessoas já conhecidas pelos adolescentes, mas continuando com os necessários para a franquia inteira.

Quem nunca viu a trilogia inicial não gostará desse filme. Simples motivo: não traz aquela regra específica de terror que existe atualmente. Entretanto, o filme chega 10 anos depois do terceiro e tenta renovar, trazendo consigo mesmo novas regras, já que é uma nova década. Pânico 4 lida com os elementos clássicos de suspense (elementos que o próprio Wes Craven criou) , mas que são completamente modificados aqui, trazendo todo o apelo cômico consigo mesmo. 

Porém, o filme continua o mesmo de sempre. O ghostface continua perseguindo só as mulheres, continua com uma péssima mira na hora de acabar com alguém e ainda arranca toda gota de sangue existente na vítima. Entretanto, o filme inova com o assassino, mostrando que nem sempre, os melhores motivos são divertidos. Agora, o sadismo é a nova sanidade. O filme, porém, poderia ter caminhado para um final mais intrigante, que mudaria para sempre todos os Scream-lovers, mas não, foi tudo resolvido com muita matança. Entretanto, Sidney é uma sobrevivente e ela realmente SÓ SERVE PARA SOBREVIVER. 

Com um dos melhores finais da franquia, o filme mostra que consegue se inovar, trazendo novas formas para aquele tipo de gênero que era considerado morto. Um gênero que Wes Craven brilhantemente criou e foi copiado na MAIOR CARA DURA por várias outras produções que não chegam nem aos pés dessa franquia.

Nota:

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