Review - Quinta Temporada de Buffy a Caça Vampiros

Buffy atinge no seu quinto ano o ápice da série. Uma das temporadas mais bem executadas, e que na minha opinião só perde para a segunda. Um ano com muitos mistérios, e um inimigo mais poderosos do que a própria existência da dimensão humana.

Alerta de Spoilers!

Já em sua quinta temporada, Buffy nos apresenta episódios ótimos, e principalmente o mistério envolvendo a irmã caçula de Buffy. Sim, na quinta temporada somos apresentados para Dawn, a irmã mais nova da caça vampiros.

            Após um quarto ano muito fraco se comparado as três primeiras temporadas, até mesmo a personagem decide voltar com seu treinamento de caçadora, pedindo para que o demitido Giles, volte mais uma vez a desenvolver esse papel em sua vida, ensinando-a principalmente sobre sua origem. O que eu entendi como uma tentativa de voltar as origens da série, nada mais de viver na faculdade, Buffy volta pra casa para morar com a irmã e a adoentada mãe.

            Esse ponto da origem das caça vampiros não foi muito explorado na série, sendo que apenas no ultimo ano que vamos descobrir a real origem dessa linhagem de guerreiras sagradas.

            Entre esses episódios incríveis, preciso destacar “Buffy VS Drácula”. De certa forma, o tipo de personagem foge completamente as convenções instauradas para a mitologia vampira na série. Drácula se transforma em névoa, tem o poder de enfeitiçar mortais e não morre após receber uma estaca no coração. Tudo isso pode parecer desvio da série, eu entendi como uma ótima referência, uma homenagem digna de Joss Whedon.

            Passando pelo inicio da temporada vemos o desenvolvimento do personagem de Dawn, eu sempre achei irritante, e preferia que nem tivesse existido, mas, deu um certo por um tempo a idéia da “irmã” da caçadora. Tudo isso até descobrimos que ela é na verdade uma chave mística que possui o poder de abrir dimensões. Transformada em humana e feita através do sangue de Buffy, Dawn é enviada para Sunnydale por que a única maneira dela ser protegida seria sendo parte da família Summers. Para tal, foram incluídas também lembranças em todos os que tiveram participação, mesmo que mínima na vida de Buffy.

            O motivo pelo qual Dawn é enviada como irmã da Caça Vampiros, é Glory, a vilã da temporada. Seu nome na verdade é Glorificus, ela é uma deusa banida de sua dimensão por causa de seus planos apocalípticos. Ela então encontra uma brecha em sua prisão, emergindo vez ou outra do corpo de Ben, um médico residente do hospital de Sunnydale. A única maneira então dela poder retornar para seu “lar” é localizando a chave e realizando o procedimento de abertura dos portões que separam as duas dimensões.

            Glory é um personagem incrível, um misto de deusa com louca e muito perua, ela elevou ainda mais a qualidade de atuações dessa temporada.

            Outro aspecto que preciso pontuar é Spike, o vampiro “castrado” de suas intenções malignas, acaba se apaixonando por Buffy, e aproveita o relacionamento frio entre Buffy e Riley para se aproximar cada vez mais dela. Essa dinâmica Spike e Buffy nos rende cenas incríveis, principalmente o flashback em que vemos como Spike foi criado e como ele matou duas caçadoras em sua vida como Willian The Bloody, e a volta por um episódio de Drusilla.

            Finalmente Riley e Buffy terminam, e o cara dá adeus do helicóptero achando que Buffy não o queria mais. Foi o episódio que eu torci realmente para que ela não chegasse a tempo, nunca gostei da forma que ele foi introduzido na trama.

Joss Whedon criou nesse quinto ano um dos episódios mais humanos de Buffy, “The Body”. A mãe de Buffy vinha lutando contra um tumor no cérebro, após sua cirurgia, tudo parecia bem, até que ela é encontrada pela filha deitada no sofá... morta. A atuação de Sarah, a fotografia, os diálogos, pensamentos, tudo envolvido nessa cena foi incrível, perfeito.

            Outros relacionamentos que mudaram foi o de Xander e Anya, que acabam ficando mais sérios, até que no ultimo episódio é feito um pedido de casamento.

            Willow e Tara estão cada vez mais juntas, e sua relação atinge um nível critico quando Glory suga a energia cerebral de Tara e acaba a deixando louca. Esse ataque pessoal, já que Glory imaginava que Tara era a chave, faz com que Willow use pela primeira vez a magia negra. Creio que tenha sido nesse ponto que ela começou a ficar viciada em magia, ainda bem, já que foi esse vicio que salvou a temporada seguinte.

            São feitas várias tentativas de impedir que Glory descubra que Dawn é a chave, porém não seria Buffy se tudo desse certo, após perder a mãe, Dawn é tudo que resta para Buffy, esse elo criado pelos monges, construindo lembranças falsas, leva a personagem a lutar e fazer o possível e impossível para salvar a “irmã” desse destino, já que para ativar a chave em forma humana é preciso que ela sangre até a morte, apenas assim os portões da dimensão de Glorificus ficarão abertos por tempo suficiente.

            Como se um sacrifício não fosse o bastante, ao abrir essa dimensão, toda a dimensão dos Scoobies será sugada e tudo que existe de ruim virá para o outro lado, mais um apocalipse.

            Fazendo então algo que ninguém esperava, eu mesmo achei que no final Dawn iria morrer, Buffy se sacrifica e morre em seu centésimo episódio "The Gift". Giles destrói o corpo humano de Glory, e a temporada termina com o tumulo da Caçadora... “Ela salvou o mundo... muitas vezes”.

            Não julgo que a temporada tenha tido muitos pontos ruins, acho que talvez teria sido melhor um desenvolvimento maior ao redor do treinamento e das origens das caçadoras, mas mesmo assim nada que interfira na qualidade desse ano.

1/Buffy vs Dracula - 5/No Place Like Home - 7/Fool for Love - 11/Triange - 16/The Body - 22/The Gift

2/Real Me - 3/The Replacement - 4/Out of Mind - 15/I Was Made to Love You

Pontuação da Temporada 9/10