Primeiras Impressões - Revolution - O Mundo das Séries

Breaking

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Post Top Ad

Responsive Ads Here

Thursday, September 6, 2012

Primeiras Impressões - Revolution


Mais uma tentativa furada em busca da nova Lost.

Todo ano é a mesma coisa: todas as emissoras procuram projetos que venham fazer o grande sucesso que Lost fez na televisão americana e internacional. Sempre lidera aquelas séries com temáticas de ficção científica, suspense e um grande ‘evento’, como foi, por exemplo, a finada “The Event” e “Alcatraz”, também do mesmo criador de Lost, J.J. Abrams.

Sempre quando aparece uma série com a marca de J.J.Abrams, todo mundo já fica com o pé atrás, afinal ele acabou com ‘Lost’, não entregou o que prometeu em ‘Alcatraz’, não entregou o que prometeu (financeiramente) com ‘Fringe’ e não saiu do óbvio com ‘Person of Interest’. Porém, J.J Abrams foi o criador de ‘Felicity’, que mesmo possuindo seus baixos, é altamente aclamada, assim como sua verdadeira obra prima, ‘Alias’. Muita gente, ao ver o nome de Abrams nos créditos de produção de qualquer nova série, considera a série logo uma grande revelação ou uma grande bosta.

Entretanto, em Revolution, a coisa é diferente: Abrams atua como produtor executivo, mas quem criou mesmo a série foi Eric Kripke, o criador de ‘Supernatural’. Vale ressaltar que ‘Supernatural’ foi uma ótima série durante os cinco anos em que Kripke esteve como o manda chuva. Não dá, porém, para identificar nenhuma característica da obra de Eric em Revolution, o que nos leva a crer que J.J Abrams deve ter tomado conta da parte criativa da série também.

‘Revolution’ possui uma premissa promissora: por algum motivo não explicado, todas as formas de energia param de funcionar na terra, gerando um apagão instantâneo. Aviões, carros, laptops, celulares... Nada funciona. Logo somos apresentados à família Matheson, cujo patriarca obviamente está por trás dos acontecimentos ou pelo menos sabe de onde veio e também Sebastian “Bass” Monroe, que também está por trás do grande evento.

A série tentar segura o telespectador até o final do episódio, mas não consegue se tornar interessante em momento algum – não querem que saibamos de nada. Em tese, liberar todos os desfechos, ou pelo menos alguns plots logo no começo geralmente não é uma boa ideia, mas em uma série que confia somente em sua premissa, não dá para não achar tudo isso uma grande furada.

Infelizmente, o Piloto não serve como piloto. É praticamente a caminhada de três pessoas para chegar a Chicago e serem surpreendidos pelo pai da Bella Swan, de Crepúsculo, que, PASMEM, é o principal da série. Vou dar um desconto para o personagem, que realmente aparenta não saber de nada, mas o patriarca da família, que morre logo no começo do episódio, sabia exatamente o que tinha acontecido e passou os últimos quinze anos sem tentar arrumar essa grande bagunça. Provavelmente ele não ia conseguir nada, mas custava tentar?

Da mesma forma, a filha do patriarca, Charlie, é outro problema. Totalmente sem carisma e com muitas limitações como atriz, Tracy Spiridakos simplesmente não convece como leading lady. Em uma série apocalíptica, os protagonistas SEMPRE precisam convencer, de alguma maneira. O resto do elenco também não impressiona, porque todos são exatamente o que você veria em séries como essas – tem sempre o traidor que tem uma queda pelo outro lado, um nerd, uma tentando bancar a mãe, o burro, etc.

No fim, Revolution apresenta um piloto fraquíssimo, com nenhum desenvolvimento, algo como o que o piloto de ‘Terra Nova’ fez ano passado. Igual Terra Nova, Revolution tem uma premissa que provavelmente conquistará muita gente, mas falhará na condução do restante da série. Eventualmente, a série deve encontrar uma forma de ligar as arestas e apresentar episódios bons e harmonizados. Basta desenvolverem os plots de maneira satisfatória, sem ficarem escondendo as revelações até o final. É um tiro no escuro, mas pode acontecer.  

Post Top Ad

Responsive Ads Here