Partners é a nova aposta da CBS
para suas noites de segunda-feira, tentando equilibrar sua programação que já é
cheia de comédias pastelão e sem nenhum atrativo. Partners, porém, passa longe
dessas qualificações, pois é, simplesmente, um remake com algumas mudanças do
clássico Will & Grace.
Porém, antes mesmo de ver o
Piloto sabia que isso ia acontecer. Os criadores são os mesmos e a temática é
quase a mesma. Uma pessoa hétera e outra gay que são melhores amigos e tem que
lidar com o romance. Ok, já vi isso. A única diferença é que Grace é um menino
nessa recontagem.
Não posso, porém, ter
preconceito com a série por mostrar algo que já vimos na TV (e bem, bem
superior), porque a fórmula de Will & Grace funcionou por oito maravilhosos
anos, então só por esse motivo já sei que Partners deve durar isto ou até mais.
A série chama atenção pelo seu
elenco estrelar. Michael Urie (Louis) é o principal, cujo trabalho anterior foi
como um – choquem – gay em Ugly Betty; David Krumholtz (Joe) é o outro amigo,
que veio de Numb3rs; Brandon Routh (Wyatt), o namorado de Louis, veio de Chuck
e também do filme Superman Returns e claro, Sophia Bush (Ali), que não perdeu
tempo e já agarrou sua próxima oportunidade de trabalho com a série, sendo que
One Tree Hill acabou em abril desse ano.
A química entre os principais é
bacana. Louis obviamente é bem mais extrovertido e engraçado do que o seu
amigo, que é totalmente o oposto. Por isso, eles se completam. Sem contar que
sempre é divertido quando uma série de comédia consegue nos fazer importar com
seus personagens logo no seu primeiro episódio.
Até por que, se não você se
importasse, a experiência ao continuar vendo o episódio seria nula. Só houve
problemas no episódio, que colocaria a amizade dos dois em uma corda bamba,
principalmente pelo grande erro de Louis comentar sobre o medo que Joe tem de
se casar para Ali, quando ele tinha acabado de pedir a namorada em casamento.
Claro que o que aconteceria dali em diante seria bem previsível. Mas a série
consegue se seguirar com boas piadas, bom timing e atores talentosos.
Minha única ressalva fica para
os outros dois principais, Ali e Wyatt. Brandon Ruth nunca havia feito um papel
de comédia e talvez por isso sua interpretação ficou um pouco limitada nesse
episódio. Com o tempo, provavelmente melhorará. Porém, esperava mais de Sophia
Bush. Sei que MUITOS, ou melhor, TODOS, vão discordar do que achei, até porque
tenho certeza que o motivo pelo qual vocês decidiram assistir Partners foi
exatamente por causa da Brooke de One Tree Hill.
Eu não gosto de One Tree Hill.
Na verdade, odeio. Porém, já vi Sophia em papéis cômicos e devo comentar que
ela já foi melhor. Talvez seja o fato de que ela não teve, em tese, muito tempo
em cena igual os outros dois, mas mesmo assim, ela pareceu bastante apagada
durante o episódio inteiro.
Vai ser engraçado, porém, ver o
relacionamento dos melhores amigos, que obviamente vai dar muita dor de cabeça
para os respectivos parceiros, uma vez que eles não se desgrudam para N-A-D-A.
Até dividem a mesma sala e a mesma MESA no trabalho.
No geral, a série agradou. Já
esperava que seria uma Will & Grace 2.0, mas isso também não é prejudicial,
considerando que a primeira foi um sucesso em seu tempo. Na verdade, o que mais
me emociona em tudo isso é que a CBS finalmente SAIU da sua zona de conforto e
apresentou uma série divertida e vanguardista, diferentemente de todas as
outras comédias do canal que são repetitivas, chatas e extramente irritantes.