Skins - Realmente pelas experiências

Alerta de Spoilers!

A melhor fase da vida é aquela que temos o direito de errar sem sermos tão rechaçados por nós mesmos, com certeza é a adolescência. A primeira temporada da série Skins vem coberta de descobertas, erros e acertos vivenciados pelas experiências. Ao contrário das séries atuais que vem cheia de firulas e momentos que nós nunca sonhamos em viver, como Glee (uma série voltada ao musical) ou Beverlin Hills 90210 e ainda The O.C. que levam protagonistas ricos vivendo em um fantástico mundo de Alice no País das maravilhas.Skins tem uma proposta muito mais voltada aos reais telespectadores do mundo todo que tem a visão voltada às periferias e seus problemas cotidianos.

O grande apanhado da série fala de coisas rotineiras, pessoas aparentemente simples que tem amigos gays, drogados, virgens e as infinidades de características reais do cotidiano adolescente torna-se um prato cheio para quem realmente é feito de carne e osso. A primeira e a segunda temporada falam dos pequenos elementos que comportam o todo, as tramas são voltadas a personagens individuais em cada episódio com seus nomes logotipados.

A interação entre as diferenças culturais e religiosas nesse contexto faz-se presente em pequenos conflitos que desencadeiam acontecimentos voltados a continuidade da série. O tratamento da maconha, por exemplo, é trabalhado sobre um personagem que interage com outros em toda a trama; a sexualidade é mantida em sua condição de respeito por esse grupo de adolescente que reconhecem mais semelhança em suas diferenças, do que nos preconceitos impostos por adultos que por uma hora e outra tem que contracenar com os personagens principais.

Skins fez tanto sucesso na Inglaterra, que logo se popularizou pelo mundo, hoje está na quinta temporada. Nos USA recentemente foi lançada uma outra versão (que particularmente não tenho como comentar por ainda não ter assistido), mas os índices de espectadores somente aumentou desde o lançamento da série. Tão quanto uma boa série tende a ter de cinco para mais temporadas, pelas expectativas Skins ainda tem muito caminho pela frente, também com a ajuda feita na articulação do elenco a partir da terceira temporada, que é quase totalmente trocada a custa de novas histórias e personagens que vão se desdobrando em cima de um só núcleo, a trama adolescente e os problemas enfrentados.

Seu grande público hoje é jovem, que vê nesses pequenos personagens familiaridade com os problemas cotidianos, tentando resolver seus problemas particulares com uma inspiração em cada personagem que mais se identifica. Agora resta sentarmos em nossas poltronas e ver até qual ponto essa série maravilhosa irá chegar.