Esse é um mundo de homens, e já estava na hora das mulheres começarem a revidar.
Alerta de Spoilers!
Desde sua estreia, The Originals tem sido, basicamente, uma série sobre homens e poder. Quase que uma versão sobrenatural de poker e charutos para vampiros. Esse clubinho exclusivo, onde apenas eles tinham aspirações de poder e as mulheres sempre atuando como figuras de rebeldia, parece que vai mudar e tem tudo para ser uma mudança muito boa para a série se chegar a acontecer.
Sempre vimos Klaus como um tirano a ser amado/compreendido, mas parece que a imagem de Rebekah como líder de Nova Orleans é muito mais interessante para nós e para a própria personagem, que convenhamos, vem merecendo uma nuance diferente a um bom tempo.
Quem mais não estava cansado de ver a vampira original, única mulher dessa linhagem de poderosos vampiros, sempre se amarrando a amores e decepções decorrentes desses? Eu mesmo, já estava prestes a abandonar a personagem, já que o roteiro nunca a valorizava como alguém que já tem mais de mil anos e já deveria ter pelo menos, aprendido alguma coisa com essa fixação em encontrar o derradeiro amor eterno. Tanto que, essa visão de eternidade é constantemente refutada pela própria série, que mostra a nós, o tempo todo, que nada é fixo, tudo é mutável, apesar de estarmos observando seres que não mudam, não são afetados pelas intempéries do cruel tempo, o ambiente ao redor deles muda, se transforma. São as ações dos protagonistas que nunca se alteram, logo, essa feliz surpresa de Rebekah querendo conquistar o seu direito de reinar é muito melhor do que ela apenas procurando entender por que mais um de seus amores a decepcionou.
Para todas as personagens femininas da série essa mudança é boa. Até mesmo para a Cami, que convenhamos, precisa de muitas oportunidades para limpar a imagem que criamos dela até agora. O fato de Klaus ter brincado com a mente dela o tempo todo, mostrando que mesmo em seus momentos mais honestos, ele só pensa em si mesmo, nos redeu a ótima cena dela o confrontando e mostrando a todos nós e ao vampiro, que existem sim coisas a serem temidas.
Até agora, pouco se falou ou se tratou a respeito da existência dos vampiros. Em TVD nós sabíamos da existência do conselho que protegia do público a informação sobre a existência das criaturas e em Nova Orleans existe um tratado que engloba políticos, comerciantes e militares. Ou seja, para nós, vampiros são uma coisa normal, já que acompanhamos a série através da ótica deles, para os humanos e resto do mundo, não. Essa ameaça da Cami tem fundamento e pior do que isso, rasga o coração do híbrido e talvez, se tivermos muita sorte, risca a possibilidade de um romance entre os dois, que acabaria deixando a dinâmica dessa revolução feminina bem fraca.
Agora surge o problema, meu maior medo é que essa revolução seja destruída exatamente por causa do sentimentalismo clichê das personagens femininas. Rebekah é a prova viva de que o roteiro da série insiste em colocar suas mulheres fortes em situações nem um pouco críveis para a tenacidade e força de vontade que elas demonstram para seus planos e maquinações. Até Davina entrou na ciranda dos amores partidos e vinganças em prol do amor.
Mas o ritmo da série continua ótimo. Todo o desenvolvimento e roteiro mostram que apesar das coisas estarem acontecendo rapidamente, elas não perdem a qualidade e a coesão. Tudo o que se passa na série é crível, as ações dos personagens não param no ar, não ficam estagnadas e fluem. Arcos que as vezes parecem estar esquecidos voltam quando o roteiro encontra a linha perfeita de continuidade daquele momento, as bruxas não estão fazendo nada por que elas estão fracas, destruídas e sem oportunidades. Quando essa oportunidade surge, elas agem. Isso é planejar e entregar um episódio entendível, ao contrário de outras séries que insistem em enfiar tramas e mais tramas, não as conclui e simplesmente as abandona. The Originals não tem esse problema.
Até agora, pouco se falou ou se tratou a respeito da existência dos vampiros. Em TVD nós sabíamos da existência do conselho que protegia do público a informação sobre a existência das criaturas e em Nova Orleans existe um tratado que engloba políticos, comerciantes e militares. Ou seja, para nós, vampiros são uma coisa normal, já que acompanhamos a série através da ótica deles, para os humanos e resto do mundo, não. Essa ameaça da Cami tem fundamento e pior do que isso, rasga o coração do híbrido e talvez, se tivermos muita sorte, risca a possibilidade de um romance entre os dois, que acabaria deixando a dinâmica dessa revolução feminina bem fraca.
Agora surge o problema, meu maior medo é que essa revolução seja destruída exatamente por causa do sentimentalismo clichê das personagens femininas. Rebekah é a prova viva de que o roteiro da série insiste em colocar suas mulheres fortes em situações nem um pouco críveis para a tenacidade e força de vontade que elas demonstram para seus planos e maquinações. Até Davina entrou na ciranda dos amores partidos e vinganças em prol do amor.
Mas o ritmo da série continua ótimo. Todo o desenvolvimento e roteiro mostram que apesar das coisas estarem acontecendo rapidamente, elas não perdem a qualidade e a coesão. Tudo o que se passa na série é crível, as ações dos personagens não param no ar, não ficam estagnadas e fluem. Arcos que as vezes parecem estar esquecidos voltam quando o roteiro encontra a linha perfeita de continuidade daquele momento, as bruxas não estão fazendo nada por que elas estão fracas, destruídas e sem oportunidades. Quando essa oportunidade surge, elas agem. Isso é planejar e entregar um episódio entendível, ao contrário de outras séries que insistem em enfiar tramas e mais tramas, não as conclui e simplesmente as abandona. The Originals não tem esse problema.