Está ficando difícil elogiar
Sleepy Hollow toda semana.
Alerta de Spoilers!
Mentira, não está ficando não.
Porém, a impressão é que a série está a cada semana se superando em todos os
quesitos. Quando você pensa que não pode existir alguma piada engraçada para o
episódio da semana, existe, quando você pensa que não podem inventar um monstro
ou demônio mais estranho e assustador, somos surpreendidos por um Golem, um
quarteto de bruxas com uma dentição precária e Moloch, tocando o terror.
Ou seja, fica complicado
encontrar defeitos na série, o que eu acho ótimo. Já que encontrar erros em
Sleepy Hollow é a última coisa que quero. Foram tantos comentários ruins sobre
a estreia da série, que quando eu termino de assistir a primeira coisa que eu
penso é: Será que essas pessoas ainda reclamam? Isso é, será que elas deram uma
chance para SH? Pois deveriam.
No episódio passado ficamos
sabendo da existência do filho de Ichabod, nesse então, da forma com que já
estamos acostumados, a série pontua essa história com uma velocidade e coesão
incríveis. Tudo isso, com a presença de nosso amado Henry devorador de pecados
Parrish.
The Golem mostrou que a série
consegue nos chocar com Cliff hangers bons e mantém as coisas firmes, sem
titubear, entregando o que nós mais queremos, explicações. Quem não está
cansando de assistir uma série que fica nos enrolando semana após semana só
para lá na season finale começar a responder as perguntas levantadas em um ano?
Eu estou farto. Para nossa sorte, Sleepy Hollow não é assim e quando um
acontecimento grandioso explode, ele encontra sua conclusão de forma espetacular,
tudo isso, com aquele bom e velho reticências no final, dando uma abertura para
mais, ou simplesmente nos satisfazendo com o fim.
Jeremy encontrou seu fim nas
mãos das bruxas do coven de Katrina, assim como a bruxa viera a encontrar
antes. Por amor Katrina ligou Ichabod ao cavaleiro, uma forma de salvar o
marido, por amor, ela também entregou Jeremy nas mãos dos antepassados da Abbie
e o resultado foi ser exilada no purgatório. Essa é uma família que
dificilmente encontrará um final feliz, acredite no que estou dizendo, o
histórico aponta.
Fiquei com pena do Ichabod por
ele não ter conseguido conhecer o filho, mas também ficou uma leve impressão de
que Jeremy poderá dar as caras, mais cedo ou mais tarde. Pode até parecer fútil
da minha parte, mas eu prefiro que seja mais cedo, detesto quando uma série
precisa encontrar outro ator para interpretar um personagem por que o ator
inicial envelheceu demais ou já não fica legal para a continuidade. Me chamem
de chato, mas eu penso assim.
O festival de bizarrices de
‘The Gollem’ foi absolutamente delicioso. A começar pela boneca bizarra que
Katrina decidiu dar para o filho, se aquilo não era para traumatizar uma
criança, eu não sei o que mais seria. Logo, o filho de uma poderosa bruxa ao
desenvolver seus poderes, transforma a boneca horrenda que a mãe lhe dera e
decide sair pelo mundo, sendo “defendido” pelo monstro.
Sinto te dizer Icky, mas seu
filho tinha todo um lado maligno sim e se o feitiço que as bruxas disseram ter
colocado nele para mata-lo (paralisando seu coração) for quebrado ou algo do
tipo, eu não vejo os dois tomando eggnog no futuro distante. O que é uma pena,
gosto do Ichabod e acho que ele merece um pouco de felicidade, desde que saiu
da tumba o cara só tem se decepcionado com a vida, fica difícil querer salvar o
mundo assim, sem nenhum agrado.
O mais importante, porém, foi o
relacionamento de Ichabod e Abbie sendo mais uma vez reforçado. Isso é crucial,
essa sensação de que os dois têm mais a dividir entre si do que com o resto do
mundo ajuda na imersão dessa cumplicidade. E que agrado é John Noble na tela, com
essa capacidade de se tornar o terceiro integrante de uma dupla que nós amamos
e passar tanta normalidade em cena, como se ele estivesse lá desde o piloto.
Podem me chamar de herege, mas eu trocaria Katrina e Irving por Henry Parrish
como integrante fixo do grupo, e quando eu digo fixo é aparecendo em todos os
episódios. Mas para sermos honestos, a séria ainda não deu uma abertura tão
grande para que Henry se torne um personagem com essa importância, mas já
estamos quase lá.
E já que citei o Irving, vou
reforçar o que já disse antes, esse drama familiar é só para encher linguiça,
nada do que aconteceu ainda é importante ou relevante para a trama, é só uma
maneira que os redatores encontraram para dar uma sensação de perda e risco
para o capitão. Tire a família dele de cena e nada mudaria na dinâmica da
série. Mesmo assim, é legal saber que todos os nossos personagens tem uma
história fora dos mistérios de Sleepy Hollow.
As quatro bruxas foram um
pequeno show a parte. Não sei se gostei muito por que ficou legal, ou se gostei
muito por que ficou estranho. De qualquer forma, acho que ainda teremos mais do
coven de Katrina aparecendo, seria muito desperdício não usar essas figuras
caricatas. E olha, parabéns a essas loucas que encontraram uma forma perfeita
de tormento, prender Katrina em um lugar que a force a acender uma vela pela
separação do filho pela eternidade é crueldade demais.
Logo, podemos adicionar mais um
episódio ótimo para a série. Para mim, se o ritmo perdurar até o season finale
poderei dizer que Sleepy Hollow fez uma temporada de estreia impecável, tudo
isso, graças a velocidade do roteiro, qualidade das conclusões das perguntas
abertas e um elenco maravilhoso.
Ps. Ichabod Crane Vs Espelho de
circo. Será que bate o momento Ichabod Crane Vs Plástico? Difícil.
Ps². Será que já no próximo
teremos Moloch finalmente agindo por conta própria?
Ps³. Awlful + Intercourse =
Piada do século.