Por amor ou pela dor
Contém Spoilers!
Às vezes nos apegamos a alguns
personagens quando nos apaixonamos por alguma série. E como a paixão geralmente
nos cega, cometemos alguns deslizes como não enxergar os defeitos do objeto de paixão.
Aceitamos alguns desvios de caráter, passamos a mão na cabeça quando ele comete
algum delito e principalmente, defendemos, compreendemos e até justificamos
seus atos sejam eles quais forem. Assim como
nos tornamos condescendentes, também nos tornamos cruéis com os desafetos de
nossos amados. Como é difícil ser justo.
Confesso meus crimes e minha preferência
nada velada por Juliette. Confesso também fazer um esforço incrível para não deixar
minha preferência prejudicar os julgamentos que fiz e faço com Rayna. Scarlett também
foi alvo do meu desafeto na primeira temporada, não poupei esforços para
detestar a personagem, sempre muito boazinha, ingênua e sem sal.
Scarlett é minha redenção. O desenvolvimento
da personagem está sendo surpreendente para mim, nesta temporada. O desenrolar
da sua história vem sendo mais interessante do que o de Juliette. Se na
primeira temporada ela ficou a mercê dos seus amores egoístas e fracassados,
nesta ela tomou as rédeas de sua carreira e de algumas de suas escolhas. Digo
algumas, porque ficou claro neste último episódio, que o rumo que sua carreira
está tomando não é exatamente o sonhado pela personagem. Só que ao invés de
choramingar para os outros, ela demonstrou uma força que talvez nem ela mesmo
soubesse que tinha e o conflito entre fazer o que quer e ser motivo de orgulho
para os que acreditam em seu potencial, tem feito a personagem ser a mais
interessante no momento.
Rayna ainda continua sua queda de
braço com Jeff e talvez nem seu charme a salve dessa vez. Jeff já provou não ser confiável e mesmo com
uma leve indicação que ele aceite os termos da cantora, nada é certo para a
mais importante artista da gravadora. Se sua carreira está empacada, o mesmo não
se pode dizer da vida amorosa. Difícil de engolir seu novo namorado, o
arrogante e super famoso, Luke. A relação dos dois, no entanto, serviu para nos
mostrar que Deacon não a esqueceu e que a relação de “vamos ser bons amigos” para
o bem de Maddie, pode ir além disso.
Peggy forjando um aborto, Gunnar
escrevendo uma música de sucesso para Luke e até Juliette com seus confusos
problemas amorosos, foram temas que tiveram pouco destaque e foram abordados
com pouca profundidade. Mais uma vez Avery entra em cena para aconselhar algum
personagem em crise, desta vez foi Juliette. Avery tem sido o coringa da série,
ficou sábio nesta temporada. Centrado e tranqüilo existem aqueles que torcem
para que ele se acerte de vez com Juliette, no entanto, tudo caminha para que
isso não ocorra tão rápido. Afinal este episódio começou com Juliette
descobrindo ser o novo brinquedo sexual de Charles e Olivia e terminou com
Charlie se declarando a ela. Cenas do próximo capítulo.
Destaque do episódio para Scarlett
que após ser vaiada no primeiro show, teve estômago para aguentar todos os
conselhos, voltar ao palco, fingir um personagem, arrebentar, enganar a todos
que estava feliz e repensar sobre suas escolhas. Ansiosa para ver o futuro da personagem.