"O universo não gosta de
segredos. Ele conspira, para desvendar a verdade, e mostrá-la a
você." – Lisa Unger
Contém Spoilers
Essa frase é pontualíssima e descreve
exatamente o evento principal que desencadeou vários outros
acontecimentos. Uma companhia de esgoto encontrou ossadas em um
quintal enquanto cavava o terreno para manutenção e, a partir desse
fato, nossa equipe preferida é chamada para investigar o caso. A
dinâmica de Strange Fruit é bem diferente do que estamos
acostumados a ver em Criminal Minds. Os agentes não precisam traçar
o perfil do unsub e dar início a caçada. Os moradores da casa onde
as ossadas estavam enterradas são os principais suspeitos, só é
preciso encontrar qual deles é o verdadeiro culpado.
Desde o começo, Lyle, o filho do
casal, tornou-se o maior suspeito, ainda mais quando a investigação
avançava e os agentes encontravam várias ligações de Lyle com uma
das vítimas. Só que, quando os agentes pressionaram mais e ele
confessou o crime, aquele choro não era de culpa. Naquele momento eu
já o descartei como culpado. O choro de Lyle era de saudade, era um
choro verdadeiro. Ele pode até ter um histórico agressivo, mas não
tinha sido ele o autor dos crimes. Ainda bem que os agentes foram
treinados para lidar com confissões falsas e conseguiram na hora
perceber que Lyle era inocente.
Com isso, sobrou o pai e a mãe. A mãe
demonstrava realmente não saber o que aqueles corpos estavam fazendo
em seu quintal. Charles, o pai, era de uma arrogância e calma bem
exagerados e ostentava uma postura de quem era o culpado. Não tardou
para a equipe descobrir que ele era o assassino, mas eles precisavam
de uma confissão.
A matança teve seu começo lá na
década de 60, quando um grupo racista capturou Charles e o torturou.
Isso aconteceu porque a irmã de um dos integrantes do grupo racista
não respeitou o toque de recolher e como desculpa, disse que Charles
havia estuprado-a. Os jovens racistas castraram o rapaz e destruíram
toda uma vida. Uma atitude estúpida (pra não falar outra coisa) de
uma adolescente da época desencadeou todos esses atos cruéis. Mais
um caso onde a vítima se torna o criminoso.
Nesse momento, a raiva pelo unsub que
foi crescendo dentro de você ao ver a forma como ele matou as
pessoas, para. Óbvio que jamais um crime justificará o outro, mas
você acaba entendendo o lado do Charles. Vou reforçar isso mais uma
vez para não criar polêmica. Você não apoia a atitude dele, bate
palmas e diz que foi certo o que ele fez, porque não foi. Você
apenas entende.
É triste ver o estrago que o
preconceito causou ao longo dos anos. Todos vocês devem saber, o
preconceito nos EUA naquela época era tão forte que tudo era
separado, brancos e negros não podiam frequentar o mesmo lugar. O
pior foi ver que o Charles carregava um pouco de preconceito contra
os negros, ele se via como um ser inferior, e também contra os
brancos. Fiquei chocada quando vi as regras que ele tinha
estabelecido dentro de sua casa, coisas absurdas.
O embate entre Rossi e Charles foi
muito bem construído. Podemos conhecer um pouquinho mais do passado
do agente e descobrimos que quando criança, Rossi, coagido, trancou
uma criança negra dentro de um armário escolar e depois urinou em
cima dela. Deu pra ver que ele ficou aliviado quando contou, mesmo
que o resultado não tenha sido como planejado.
PS: Eu sabia que a JJ não estava tendo
um caso com o novo chefe da BAU. Os dois estão juntos em uma missão
totalmente secreta. Acho que o ducentésimo episódio será
relacionado a isso. Um episódio sobre a JJ e com participação
especial da Prentiss (Paget Brewster). Estou estourando os limites de
ansiedade.
E vocês, o que acharam do episódio?