Parabéns Orson pelo “Orsontenário”
Contém Spoilers!
The Middle chega ao 100º episódio
e para celebrar, Orson, a cidade onde a história acontece, também comemora seu
100º aniversário. Vimos aqui um pouco da história da cidade, contada por Brick
e um pouco da história dos Heck, contada por Mike e Frankie.
Quando uma série atinge um número
como este, se você a acompanha desde o início algumas lembranças e até alguns
questionamentos lhe vem à cabeça. Já cheguei a comentar que o maior atrativo de
The Middle é a simplicidade, é aquela série que você recomenda sem medo e faz
apenas uma advertência: Aprecie com o coração aberto. No 100º episódio soubemos
que Mike e Frankie fizeram uma boa escolha ao decidirem iniciar sua família na
pacata Orson. Vimos que todos os livros lidos por Brick nesses 100 dias
transformaram o pequeno esquisito em um adolescente inteligente, questionador e
promissor. Que Sue não é apenas uma menininha ingênua e bobinha, é aquele ser
que nunca imaginamos que pudesse existir, alguém que mesmo sendo esculachada por
100 vezes, é incapaz de sentir rancor e é generosa, justa e inspiradora, mesmo
sem se dar conta disso. Axl seria capaz de descrever 100 motivos para ser idolatrado,
mas em momentos cruciais é capaz de lhe fazer mostrar 100 razões para defendê-lo
com unhas e dentes e provar que ele ama sua família. Relaxados, desligados,
despreocupados, péssimos exemplos e mesmo assim 100 vezes defenderemos Mike e
Frankie de qualquer acusação, afinal o amor e a união os absolvem de qualquer
culpa.
Por todas estas razões e por
todos os bons momentos que os Heck nos proporcionaram, esperava-se um pouco
mais, mas o resultado não foi nenhum episódio espetacular e sim satisfatório.
Sem muitas risadas, mas com alguns bons momentos.
A surpresa foi o amadurecimento
de Brick, o menino introspectivo cresceu, luta pelos seus direitos, quer ser o
centro das atenções, levanta bandeiras, faz discurso e acaba sendo traído por
suas esquisitices. Na maioria de suas cenas está sem a companhia da família e
indignado por ver seu slogan de 100 anos da cidade ser rejeitado, toma a
frente, reivindica e nos promete um novo Brick.
Axl e seus amigos, retomam o
empreendimento do colegial, a BOSS CO., só que sem o mesmo sucesso e graça dos
anteriores projetos. Vê-los sendo pagos para terminarem namoros e convidarem
garotas para o baile, foi bem mais interessante. A criatividade dessa vez não
foi o ponto alto.
Sue aqui retoma sua paixonite por
Darrin e com a ajuda de Brad, resolve reconquistar o amado. Só Sue para ter um
ex-namorado como Brad, capaz de não só incentivá-la como comprar suas ideias. As
cenas dos dois geralmente são muito boas e quase sempre patéticas, não tem como
não se divertir com a falta de noção de ambos. Vale destacar o ponto alto do
plano de provocar ciúmes em Darrin: Um dueto de Summer Nights. Como não se
derreter e torcer que tudo dê certo para Sue?
Frankie e Mike como sempre pagam
pelos erros que proporcionam a si mesmos, primeiro por aceitarem participar da
festa de comemoração da cidade dirigindo o mais importante carro alegórico e
depois por falarem mal das pessoas utilizando walkie-talkies em uma frequência
onde todos pudessem ouvir.
Foi bom rever o Sr Ehlert, o
machista e louco por vendas ex-patrão de Frankie, saudade de vê-lo dizer os
maiores absurdos a Frankie e transformar seu dia de trabalho em algo sempre
estressante. O episódio não foi o melhor
e como disse a princípio teve lá seus momentos. Não foi um episódio familiar
como de costume, onde todos acabam envolvidos nos problemas dos outros, cada um
aqui desenvolveu sua própria história. Foi um dia atípico, um dia de comemoração,
um dia fora da rotina. Que venha o 101º!