[Reviews] The Originals - 1.11/12/13 - Après Moi, Le Déluge/ Dance Back from the Grave/ Crescent City - O Mundo das Séries

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Monday, February 24, 2014

[Reviews] The Originals - 1.11/12/13 - Après Moi, Le Déluge/ Dance Back from the Grave/ Crescent City


"Surprise, bitch. Bet you thought you'd seen the last of me"


1.11 - Après Moi, Le Déluge

É crianças da noite, muitos pensaram que os bons episódios de The Originals eram apenas uma maré de sorte, sinto dizer para vocês descrentes, mas isso não é uma maré é um tsunami de bons episódios, boas atuações e um roteiro de fazer incrédulos pirarem com a audácia de Julie Plec. Tudo isso só prova a minha teoria base, ela cagou com The Vampire Diaries por que estava de saco cheio da boca torta da Bonnie e da chatice da Elena e ganhou de brinde uma série novinha com os melhores personagens que um showrunner poderia escolher.

Tudo o que o roteiro vinha levantando a essa altura já está praticamente resolvido. A trama ao redor da colheita terminou da pior forma possível e a guerra entre Marcel e Klaus encontrou a tão merecida trégua. Trégua é claro que só foi balançada com o final sofrível e de partir o coração com as bruxas adolescentes não voltando da tumba e o sacrifício de Davina sendo em vão. Que cena triste, que emoção que o Marcel passou.

Não é fácil se despedir de personagens bons, ainda mais um tão cativante quanto Davina. Sei que a hora da bruxinha ainda não terminou e o frescor e jovialidade dela farão falta. Minha preocupação maior é que o tom fique sombrio demais e as coisas acabem convergindo para uma era negra em Nova Orleans, porém, é exatamente esse o caminho trilhado até agora. Se Davina nos dava esperanças e trazia bondade nos personagens, com exceção de Klaus, sua ausência deverá mostrar o desespero emocional de muitos. A começar por Sophie.

Porém, acredito que Davina acabará voltando, o que se prova meio ruim. Seria bom se a carga emocional fosse respeitada, lembram da Vicky em The Vampire Diaries? O choque que foi sua morte definitiva elevou e muito o padrão da série. The Originals não precisa disso pois sabemos do que ela é capaz, mas por favor, por mais que me doa, deixem Davina morta. Mesmo assim, esse foi um ótimo episódio, Davina voltando ou não, essa virada de mesa significou um salto de qualidade para TO.

1.12 Dance Back To The Grave

Se no episódio anterior  mesa foi pro chão e o jogo mudou completamente, em Dance Back to the Grave temos exatamente o levantamento de novas ameaças para os originais. Algo que eu esperava, mas ainda não sabia exatamente como a série iria lidar. E vou dizendo logo no primeiro parágrafo da review desse episódio, foi um trabalho lindo de doer.

A rivalidade entre os irmãos perdura, e irá recorrer por toda a série, não se enganem. The Originals não é uma série sobre amor familiar, é uma série sobre desavenças familiares e a forma como nossos personagens lidam com ela e crescem através delas. Klaus sofre da síndrome do Peter Pan, emocionalmente ele é incapaz de amadurecer e episódio após episódio a certeza disso só fica mais evidente.

Se em American Horror tínhamos Papa Legba, em The Originals temos Papa Tunde. É legal ver que as raízes da bruxaria africana estão sendo respeitadas em ambas produções. Gostei muito do personagem e achei péssimo terem descartado o cara tão cedo. Que as bruxas adolescentes não permaneceriam mortas isso já era esperado, mas podíamos pelo menos por mais um tempo ter recebido mais dos bruxos mais velhos. Né? Nada contra a sobrinha azeda da Sophie voltar, mas isso poderia ser assunto para o episódio 16 ou 17. Um bruxo do calibre de Papa Tunde morrendo tão cedo foi broxante.

Pelo menos as coisas correram com boa velocidade e Marcel com a ajuda de Sophie, que se provou um pouco mais útil do que o de costume, descobriram que para as meninas voltarem basta os bruxos que pegaram carona na colheita morrerem. Ok, aceitável e esperado. Nada a reclamar aqui.

Finalmente tivemos um belo tapa na cara de Rebekah para Elijah. O cara é sempre o santo e o certinho, isso é bom e dá uma noção de equilíbrio para os Mickaelson, porém, a hipocrisia que ele expele é gigantesca e já estava ficando meio cansativo ver o cara como o rei da moralidade familiar. A verdade é que nenhum dos três é perfeito, estão bem longe disso. Mas a cara de soberania de Elijah quando o assunto é a família cansou. É fácil fechar os olhos para tudo o que o Klaus faz em prol do amor entre irmãos, pobre Rebekah, que não pode pensar por um minuto que já é rechaçada como a destruidora da casa.

E melhor do que tudo isso, esse foi um episódio para dizer aos quatro cantos da cidade: Celeste é a nova big bad da cidade e para acabar com o reinado dela, os vampiros vão precisar sambar muito.

1.13 Crescent City

Crescent City foi o típico episódio amarra trama. As coisas até então estavam bem explicadas porém um tanto quanto espalhadas pela cidade. Elementos que haviam sido levantados nos primeiros episódios tinham sido deixados de lado, como o drama da família da Hayley e dos antepassados do Klaus. Camille, o tio e o problema com o irmão da moça que ficou louco por causa de uma das bruxas. Tudo isso parecia esquecido, mas não foi e aqui serviu bem para dar um ar de planejamento para TO.

Tudo  que os redatores tentaram já passou da experiência e agora fazem parte do padrão da série. Pareceu um pouco de confusão, pareceu, mas não é mais assim. Até mesmo quando o episódio se arrasta um pouco até atingir o clímax as coisas vão bem. Esse décimo terceiro é a prova.

Então, quem vai garantir o controle? Já temos bem delimitado quem são os concorrentes. Vampiros (Mickaelsons e Marcel), Lobisomens (Crescente e Hayley), humanos (Kieran e Cami) ou bruxas? Cada lado teve sua chance de abocanhar a cidade, os lobisomens perderam ainda no prólogo da cidade, os humanos desistiram, então tudo se resume a vampiros e bruxas, com a ajuda de cada um dos clãs derrotados, claro. Nenhum homem é uma ilha, quer esse homem seja uma criatura sobrenatural ou não.

Celeste é exatamente o que a série precisava. Eu já disse lá em cima que a cara de bom moço do Elijah já estava cansando e Celeste poderá ser a cura para isso. Ela conhece o ex, sabe do que ele é capaz e mais além, está determinada a mostrar a ele o que ele fez e fará de errado. Nada melhor, né?

Cami e o tio ficaram interessantes apenas por causa da ironia. Eu estava torcendo muito para ver o sangue escorrendo pelas mãos do tio, mas não foi isso que aconteceu. Agora teremos o equivalente a uma síndrome de tourette com o Kieran amaldiçoando a vida de todo mundo só para depois voltar a si. Klaus é tão seguro de si que jurou que sua compulsão seria suficiente para quebrar a maldição da bruxa, aquilo foi meramente um band-aid em cima de um ferimento de bala. 

O que foi aquela rave dos lobisomens na casa dos Mickaelson? Já podem contratar a Hayley como organizadora de festas da comunidade sobrenatural. A menina leva jeito, só perde para a Mary Ann de True Blood, mas não dá pra lutar contra uma bacante no quesito festa e orgia. Uma pena que mais uma vez Rebekah levou uma facada nas costas (e não a boa) com um homem. Gente, já deu. A mulher é traída até por ficante agora? Que horror. 

É com muita felicidade que anuncio que a série está fazendo um ótimo serviço. Tudo o que eu queira ver está lá. Até mesmo o que eu nunca esperei eles vem mostrando. TO é a melhor estreia dessa Fall Season 2013/14 e não tem nenhuma outra série (tirando Masters of Sex e Sleepy Hollow) que consiga roubar dela o brilho de salvadora da pátria. 


Ps. Perdoem meu atraso, estava de férias e com os hiatos acabei esquecendo das reviews de The Originals, pensei até que já tinha feito até o décimo segundo, ledo engano. Prometo que não se repetirá. Amanhã já tem episódio novo e vou fazer o possível para postar a review até sexta (máximo).

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