"Sozinhos podemos fazer tão
pouco. Juntos podemos fazer muito."- Helen Keller
Bully foi um episódio mediano
que, além de servir para retratar um assunto sério, também deu uma
aprofundada na vida da Blake, mostrando mais sobre o passado da
agente.
Quando entrou para o time da BAU, Alex
Blake tinha a difícil missão de ocupar o lugar que antes fora da
queridíssima Prentiss. A tarefa não era fácil e pode-se dizer que
a agente não obteve sucesso imediato no que diz respeito a cativar
os fãs. O problema foi que Blake era uma personagem que não trouxe
nenhuma inovação. Ela não tinha uma característica que pudéssemos
apontar e dizer “Essa é a Blake!” e mais parecia um Spencer de
saias.
É bem notório que os episódios dessa
temporada foram praticamente todos focados na família. Família do
unsub e a família da BAU. Nos momentos de confraternização, eu não
sentia que a Blake verdadeiramente fazia parte da equipe e, aos meus
olhos, ela era uma completa deslocada. Bom, nesse caso, nada melhor
do que explorar o passado e a família da agente e torcer para um
satisfatório resultado.
Tudo começa quando Blake recebe um
telefonema de seu pai, um detetive aposentado. Ele suspeita da ação
de um serial killer em Kansas City e pede ajuda à equipe de
profilers. A partir daí já vemos que Blake está com alguns
problemas em suas relações familiares. Há cinco anos ela não
visitava seu pai e seu irmão. Assim como os agentes, Blake também
já perdeu entes queridos. Voltar para sua cidade era o mesmo que
sentir novamente a dor. Como se não bastasse, a relação com seu
irmão não era a das melhores.
Porém, como bem dito na frase que abre
a review, os dois precisavam trabalhar juntos para resolver o caso.
Com a trégua entre os irmãos, os agentes corriam contra o tempo
para fazer a ligação entre as mortes e, dessa forma, traçar o
perfil do unsub. Como nada escapa aos olhos de Garcia, não tardou
para que descobrissem a ligação. Todos os acontecimentos levavam a
uma época do ensino médio.
A construção da trama foi bem
interessante, mostrando que o unsub não era a pessoa humilhada, mas
sim o amigo da vítima. As consequências do bullying são terríveis
e na maioria dos casos, a pessoa carrega o trauma durante toda a sua
vida. E como se a agressão física já não fosse absurda, há
também a psicológica, que é a agressão mais infernal e que
destrói as pessoas. E como já estamos acostumados a ver, a agressão
sempre parte do mais forte para o mais fraco. Assim fica fácil.
O unsub assistiu seu amigo ser
humilhado pelos corredores da escola e, mais tarde, cometer suicídio.
O pior é ver que os agressores não foram punidos. É algo que
precisa ser mudado nas escolas. Não se resolve esse tipo de coisa
apenas com uma conversinha amiga e aperto de mão. É esse tipo de
postura que dá margem para que os abusos voltem a acontecer. E já
que o unsub não viu a justiça sendo feita, depois de anos, ele
mesmo resolve fazer justiça. Novamente, a vítima se torna o
criminoso.
No fim, Blake faz as pazes com seu
irmão e vê suas duas famílias se juntando numa bonita
confraternização. Mesmo depois do episódio focado na agente e da
cena final, eu ainda não consigo sentir pela Blake o que eu sinto
por todos os outros agentes. Confesso até que comecei a gostar um
pouquinho da agente, mas, na série, ela não faria falta pra mim.
Estou ansiosa mesmo é para o episódio 200º no qual veremos toda a
equipe reunida.
O que vocês acharam do episódio?