Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência
Contém Spoilers!
Quase sempre brinco com o fato de
Nashville parecer um novelão. Com direito a ganchos para os próximos capítulos.
Ao compará-la com uma novela, gênero tão aclamado em nosso país, pode parecer
pejorativo, mas não é. Sou fã de uma boa história, independente do formato no
qual ela é contada. Sou capaz de descrever inúmeras novelas da qual fui apaixonada
e quando vejo Nashville cada vez se parecer com este formato, muitas vezes este
fato me agrada. Outras não, afinal tudo tem seu lado positivo e negativo.
Nashville sempre tem uma
contextualização em seu inicio, o interessante é que o assunto a ser retomado
nem sempre ocorreu no último episódio, portanto esta contextualização é sempre
bem-vinda principalmente para aqueles que perderam algum detalhe mais
específico. Neste episódio, algumas histórias tiveram seu desfecho, como o
escândalo do romance de Charlie e Juliette, a reação de Scarlett, o festival
promovido por Teddy, a decisão de Rayna sobre sua carreira, um caminho para
Deacon, Will cedendo aos seus instintos e Juliette se declarando para Avery.
Apesar de tantos assuntos, não senti como no episódio anterior, a sensação de
tudo ser contado de uma maneira leviana e superficial. Foi na medida certa,
mesmo acreditando que esta fórmula de ter várias histórias sendo contadas ao
mesmo tempo, ainda precise ser revista.
O que me chamou a atenção neste
episódio é a semelhança com a realidade. Um casal querido pela mídia é envolvido em
rumores de traição. Uma artista famosa e igualmente querida é declarada como
pivô da separação e esse escândalo afeta a imagem desta artista e a promoção de
algo novo no qual ela é a atração principal. Um desafeto de alguém poderoso
sendo atacado com uma arma, provavelmente a mando deste mesmo alguém que possui
poder para dar esta ordem da prisão onde se encontra. É a ficção como sempre se
apropriando da realidade.
Os novos personagens desta
temporada, Zoey, Layla, Jeff, Luke, ainda me causam uma certa aversão. Tiro meu chapéu para o chefe mercenário Jeff,
por colocar a mini-cobra Layla em seu devido lugar. A melhor cena dos dois.
Zoey sofre com a rapidez de Nashville, seus arrependimentos de amiga do bem,
duram menos que um episódio tornando difícil aceitar suas sempre boas
intenções. Já Scarlett, está se tornando a mocinha chorona da primeira
temporada e tudo caminha para uma nova decepção com Avery, que visivelmente se
apaixona por Juliette. Mesmo diante de um provável retrocesso de Scarlett, não
vou desistir da personagem e ainda acredito em uma volta por cima, demorei
tanto para aceita-la que me recuso a voltar atrás. É uma fase difícil, uma fase
de adaptação ao novo mundo.
Pronta para dar uma reviravolta
em sua vida e saindo da zona de conforto, Rayna promete muito a oferecer. A
personagem pouco cantou nesta temporada e passou muito tempo envolvida com seus
problemas familiares, namoros e promovendo Scarlett. Até as divas precisam
trabalhar e Jeff, mesmo sendo um personagem insuportável do gênero morde e
assopra, serviu para colocar Rayna no mundo real, onde as pessoas não vivem
apenas do nome por muito tempo.
Avery, como já comentei em outras
ocasiões, virou o conselheiro oficial de Nashville. Prestou serviços a
Juliette, Gunnar, Scarlett e Deacon. Se o fizessem interagir com mais algum
personagem, com certeza seus conselhos seriam úteis em algum momento de
dificuldade. Neste episódio, destaco não seus agora habituais conselhos e sim o
dueto que fez com Juliette quando a mesma entregava os pontos no palco do
festival. Naquele momento, passei definitivamente a torcer pelo casal. A
imperfeição de Juliette lhe permitirá ser igualmente imperfeito e não o
príncipe desejado por Scarlett. A liberdade de errar talvez o faça se envolver
realmente com Juliette e o distancie de Scarlett por mais que ela lhe seja
importante.
Nashville
faz sua “pausa” deixando fortes emoções. Os destinos de Will e Peggy, o futuro
arriscado de Rayna, Deacon renascendo para uma carreira solo, o futuro de
Juliette e Avery. Ansiosa para o próximo capítulo.