Quem quer brincar de queimada?
Alerta de Spoilers!
E os anjos das histórias em quadrinhos e séries baseadas em acabaram de voar por minha sala, parar em cima da minha tv e dizer, SHIELD está entrando nos trilhos. E quem diria que o responsável por tudo isso seria "Queimada", um dos personagens mais secundários de todas as histórias da Marvel. E era exatamente isso que a série estava precisando, utilizar esses pequenos personagens (já que os grandes estão guardados para os filmes) e construir a história de uma agência de investigação com relação importante com o restante do universo Marvel.
Em uma trama mais centrada em desenvolvimento dos assuntos levantados desde o primeiro episódio, ao invés de levantar outros, Agents of SHIELD demonstrou imensa capacidade de não se perder frente a todas as imensas possibilidades que a série tem em mãos. O material a ser trabalhado é enorme, com muitas coisas a serem desenvolvidas. Por isso, ao colocarem em cheque a credibilidade de Skye e não arrastarem essa trama por meia temporada, a série ganhou pontos.
Foi um pouco anti-clímax, confesso. Eu estava esperando algo mais bem elaborado para os momentos de "conversa misteriosa" da hacker. Mas era só o Miles, desde o começo. O mais importante porém, não é o namoradinho dela (que deu um belo de um banho frio no agente Ward), mas sim os pais de Skye, que tem uma ligação direta com a Shield. Só não sabemos ainda qual.
O que realmente nós queremos ver na série é exatamente isso que ela vem mostrando. Drama crescente, personagens com super poderes e um vilão delimitado. Chega de ficar investigando coisas bobas, essa equipe da SHIELD precisa se mostrar mais importante, afinal, existe um mundo de heróis lá fora, coisas relevantes que precisam ser incorporadas na trama. É então, com mais felicidade ainda que eu leio a notícia de que a série irá pegar a partir do ponto em que Thor: Mundo Sombrio termina.
Eu, como fanboy nerd granudo da Marvel só tenho a comemorar. Estamos precisando desse sentimento maior de conexão. Até então, a ideia que tínhamos era que a única conexão com os eventos da fase 1 e fase 2 de filmes da Marvel eram as inúmeras referências a invasão de Nova York.
Tadinho do Culson, no episódio passado ele encontra uma agente treinada por ele e que aparentemente tinha se virado contra a agência, nesse, Skye realmente demonstra estar agindo como uma agente dupla. Fiquei com dó dele, mas isso também serviu para demonstrar que quando as decisões precisam ser feitas, ele realmente é homem o suficiente para fazê-las.
Um avanço muito grande para os dois personagens mais velhos. May e Culson chegam a decidir pela morte de um homem que havia sido manipulado pela "Centopeia". Essa é a demonstração de que existe um lado mais maduro e sombrio para a série explorar, que casa perfeitamente com o "Mundo Sombrio" de Thor e seu segundo longa metragem.
Trazer personagens e histórias que começaram no piloto foi um acerto da série. Essa mensagem que fica é a de que as coisas estão começando a caminhar para seu climax. Afinal, estamos caminhando para o meio da temporada, as coisas precisam acelerar. Não reclamo de episódios fillers, mas até então Agents of SHIELD estava parecendo uma CSI mais sci-fi. Não é isso que queremos.
Com um ótimo episódio, Agents prepara o terreno para um caminho mais tortuoso e cheio de detalhes importantes para nós, que permanecemos fiéis a essa obra que ainda está um pouco cambaleante. O mistério final é o que levanta algumas perguntas, quem seria o "Clarividente"? E aquele homem preso? Um gás a mais para uma série que ainda não estava precisando de um boost desses, mas tudo bem, não podemos exigir perfeição sempre. Certo?
Ps. Queimar alguém até a morte. Quem diria ein dona Marvel/Disney.