“Sorry, Patrick! Teresa can’t come to the phone right now. Can I take a message? No? Well, I’ll tell her you called” – Red John is back!
The Mentalist está de volta e nos presenteou com uma season premiere fantástica. Se os próximos episódios forem parecidos com esse, principalmente no quesito surpresa, a sexta temporada tem tudo para ser a melhor da série. Como tem se escutado por aí, é provável que esse seja o último ano da série. Fico com o coração na mão só de pensar nessa possibilidade, porque eu simplesmente amo The Mentalist, mas reconheço que talvez esteja na hora de parar. Os motivos são simples, não vejo como o Bruno Heller possa segurar TM para mais uma temporada mantendo o interesse do telespectador e ao mesmo tempo o nível dos episódios. Nada melhor do que investir toda a criatividade nessa temporada e dar um desfecho digno e surpreendente para o caso Red John, que é a essência da série.
The Desert Rose começa retomando a cena da season finale, onde Patrick conta para Teresa que um dos sete nomes em sua lista é o de Red John. Aqui, vale ressaltar a forma como Lisbon ficou impressionada e assustada. Jane estava relutante em contar para ela os nomes da lista, pois sabia que ela agiria diferente perto dos suspeitos. Se assistirmos novamente a season finale, em uma das várias cenas protagonizadas por Jane e Lisbon, ele diz que não contaria os nomes porque ela agiria de forma estranha perto dos suspeitos e porque ela não conseguiria guardar segredo. Aliás, a equipe da CBI é formada por péssimos mentirosos. Tirando o Cho, o resto acaba demonstrando pela postura corporal e expressão facial que está escondendo algo.
Após contar sobre os nomes, Jane e Lisbon são chamados para investigar um homicídio. Era um caso relativamente simples, a noiva de um jogador de baseball havia morrido e, visto que o cara não tinha um álibi, ele seria considerado suspeito. Porém, eis que Patrick Jane entra em cena e usa de seus truques para pegar o jogador. Jane só não contava que o cara tivesse uma arma reserva e o resultado final nós sabemos: uma tremenda lambança. A cena a seguir só me fez lembrar de vários outros momentos onde a equipe da CBI, principalmente a Lisbon, ficava em apuros devido as atitudes de Jane. As consequências disso foram Jane e Lisbon tendo que resolver casos bem longe de Sacramento. Ou era isso, ou era suspensão de um mês.
Não comentarei sobre o próximo caso, pois o foco aqui é outro. Jane é esperto (e as vezes isso beira o sobrenatural), arrisco-me a dizer que ele sabia que os funcionários da lanchonete eram os culpados após poucos minutos de conversa com a garçonete. A moça ainda vai dizer que é meio vidente e que pressentia que ali existia algo ruim... Patrick não demorou muito para juntar as peças. Eu acho que os motivos para ele enrolar na lanchonete eram outros. Patrick precisava pensar sobre os nomes na lista, e o lugar era propício para isso, porque era extremamente calmo. Ele só estava tentando ganhar tempo para pensar em uma forma de conseguir ficar a frente de Red John.
Agora é que vem os acontecimentos mais interessantes dessa season premiere. Primeiramente, falemos sobre Lisbon não guardando o segredo de Jane. A agente ficou tão assustada e desnorteada com as habilidades de Red John, que a partir da ligação para Van Pelt, todas as suas atitudes foram exageradas e absolutamente impensadas.
Que ideia absurda é essa de querer grampear o GPS dos suspeitos? Em condições normais, acho que a Lisbon nem consideraria essa ideia, visto que Red John tem olhos em todos os lugares. Entretanto, saber que Red John sabe dos passos de Jane antes mesmo deles acontecerem tirou um pouco a sanidade mental da nossa agente. Teresa não pensou quando pediu esse favor, porque no lugar do Brett Partridge poderia muito bem ser a Van Pelt. E gente, que ideia é essa de entrar numa casa sem esperar reforço? Nem parece a Teresa Lisbon que nós conhecemos. Gritei desesperadamente para ela “NÃO ENTRA AI!!!!” Mas, quem disse que esses agentes nos escutam? Uma arma na mão dá total sensação de segurança pra eles.
Red John é realmente alguém para ser temido (e eu não duvidava disso). O cara tem capachos para tudo quanto é lado. É óbvio que não demoraria para ele descobrir que havia sido grampeado. E quando descobriu, fez exatamente o que Jane falou que ele faria. Conduziu Lisbon até uma casa, através de uma ligação anônima. Que coincidência ninguém aparecer logo pra dar cobertura pra agente. E que estupidez sem tamanho pairou sobre a Lisbon. Aceitar denúncia anônima, VER PELO GPS QUE O BRETT PARTRIDGE ESTAVA NO MESMO LOCAL DA DENÚNCIA E AINDA ASSIM IR ATÉ LÁ (GENTE!!!), não esperar reforços e, após escutar um barulho, entrar na casa sozinha. O prêmio de coragem (e burrice) desse episódio vai para Teresa Lisbon.
Agora vamos as atitudes exageradas da chefe da equipe da CBI. Reconheço que após tantos anos cedendo e fazendo a vontade de Jane, é até aceitável uma explosão por parte da Lisbon. Porém, vemos que Teresa não está lá com os pensamentos bem organizados quando ela começa a gritar “Red John é meu caso!” Como? Parece até que os roteiristas trocaram o script, porque geralmente é o Patrick quem solta essa frase. E que exagerado, mas, ao mesmo tempo, bonitinho, quando a Teresa faz “birra” e não atende as ligações do Patrick. Novamente, trocaram o script? Teresa fez tudo o que Jane faria, e não é de hoje que a agente vem incorporando comportamentos do analista da CBI. Quem aí lembra dos episódios do caso do Tommy Volker?
A cena final foi excelente, com Red John ligando para Jane do celular da Lisbon. A expressão de Patrick entregava tudo o que estava passando pela cabeça do analista naquele momento. A sensação de impotência, o medo do que poderia acontecer com Teresa, até mesmo a certeza de que ele não a veria mais. A culpa por ter contado sobre os nomes. Mais culpa porque minutos antes eles haviam brigado, e se ele não tivesse a repreendido por contar sobre os nomes para Van Pelt, os dois teriam voltado juntos para Sacramento, e Lisbon não estaria na agradável companhia de Red John.
É inegável que Patrick e Teresa se gostam, só que, ao mesmo tempo em que existe esse turbilhão de sentimentos, existe RJ. Jane sabe que RJ não vai matá-lo, não antes de tirar tudo dele e fazê-lo sofrer. E quando ele atende o celular e vê que não é a Lisbon, e sim o serial killer que tem como objetivo atormentar sua vida, é como se de repente o mundo todo parasse. Sim, parasse. É como se Patrick estivesse perdendo outra vez alguém com quem ele se importa, e de uma forma ou de outra, por sua culpa.
Ainda tem toda aquela história da promessa que o Red John fez no season finale. Ele vai voltar (já voltou) a matar e não vai parar, a não ser que Jane o pegue — ou vice-versa. É um jogo de caça e caçador, onde tanto Jane como Red John vão desempenhar os dois papéis.
PS: Se de fato essa for a última temporada da série, preciso me preparar para a despedida =(
PS: O “telefone sem fio” que a equipe da CBI fez foi bonitinho e engraçado, mas extremamente perigoso. Jane contou para Lisbon, Lisbon contou para Van Pelt, Van Pelt contou para Rigsby e Rigsby contou para Cho.
PS: “Red John usará isso contra nós, ele vai te guiar para onde quiser” - Jane sobre grampear o GPS dos sete suspeitos. “Não sou ingênua, agiremos com a possibilidade em mente.” – A QUE NÃO ESPEROU REFORÇO, Lisbon.
PS: Simon Baker, como sempre, esbanjando carisma e atuando de forma excepcional.
PS: Jisbon precisa acontecer nessa temporada. Cadê os shippers do casal?
PS: Que ruim o restante da equipe da CBI só aparecer quase no meio do episódio. Foi uma introdução meio “jogada”.
PS: Tyger! Tyger! burning bright
In the forests of the night,
What immortal hand or eye
Could frame thy fearful symmetry?
“Tigre! Tigre! fervendo com esplendor; Nas florestas da noite; Que mão ou olho imortal; Poderia enquadrar tua terrível simetria?” Quando o Tyger! Tyger! começa, é sempre sinal de que RJ passou por aqui. Tenho o pressentimento que ainda vamos escutar e muito essa estrofe durante a temporada.
PS: Dos seis suspeitos (R.I.P Brett Partridge), quem vocês acham que é o Red John?
Bret Stiles (Líder da Visualize)
Gale Bertram (Diretor da CBI)
Ray Haffner (Agente da CBI)
Reede Smith (Agente do FBI)
Bob Kirkland (Agente da Segurança Nacional)
Sheriff Thomas McAllister
Confesso que antes suspeitava do Bret Stiles devido a quantidade de casos da CBI que de alguma forma já estiveram ligados a Visualize, mas, analisando melhor, não vejo como ele conseguiria controlar as vítimas. Uma pessoa de quem eu sempre suspeitei foi o promotor Ardiles, não sei por quê. Se ele estivesse nessa lista, eu definitivamente apostaria todas as minhas fichas no rapaz.
Não poderia encerrar a review sem essa foto. Vocês acham que esse smile pintado no rosto da Lisbon foi feito com o sangue dela ou com o do Partridge?
E aí, o que vocês acharam dessa season premiere?