Uma grande promessa.
Como desenvolver uma série em cima de um plot que é limitado? É isso que Hostages vai tentar fazer por uma temporada. Ou melhor, essa é a grande promessa de Hostages para a sua primeira temporada.
Hostages, o novo drama da CBS gira em torno de Ellen Sanders, uma médica que foi escalada para realizar a cirurgia no presidente dos Estados Unidos. Um dia antes, ela e a família é tomada como refém pelo ex-agente do FBI Duncan (Dylan McDermott). O que o terrorista quer? Que ela mate o chefão da casa branca.
Vocês viram que a premissa da série já é bem pequena e acaba limitando e muito as possibilidades futuras. Além disso, cobra um desenvolvimento muito forte para que a tensão dure até o final. Vamos ser honestos, Hostages não é uma 24 para conseguir ficar no mesmo ponto do começo ao fim e ser intrigante. Posso até queimar a língua (ou a ponta dos dedos) e ela acabar se mantendo bem até o final, com potencial para uma segunda temporada. Mas passar sei lá, quatro ou cinco anos assistindo essa família sendo mantida como refém é algo que eu não quero nem para o meu pior inimigo.
Para mim, a descrença com a série já parte das mentes poderosas da CBS, que optaram por fazer de Hostagens, uma série com 15 episódios e exibição sem reprise. Ou seja, lá por fevereiro a série já deverá ter encerrado sua primeira temporada. Isso é um verdadeiro e sonoro aviso de "estamos com um pé atrás". Os períodos de hiatus acabam afastando algumas pessoas da série, especialmente se ela não for boa o suficiente para causar um momento de tensão e expectativa. Essa tentativa da CBS é clara, eles querem subir a tensão e tentar segurar os acontecimentos para uma próxima semana, não dando tempo de esfriar.
E na minha opinião, o piloto não conseguiu nem ao menos passar perto de criar toda essa situação de tensão e antecipação. Em uma série com reféns, você espera o que? Que o sentimento de prisão e risco sejam sempre elevados a cada momento. Você precisa realmente estar refém da situação. Mas os captores são tão água com açúcar que em momento algum eu tive medo ou receio por algum dos personagens. Tá, confesso que eu fiquei um pouco sentido pelo cachorro, mas fizeram questão de mostrar que sofri por motivo nenhum.
Essa tentativa de criar uma síndrome de estocolmo com nós, mais do que com os personagens é tão estranha e obtusa, que se fosse regra/lei da série, seria melhor que tivesse acontecido lá pela metade. Né? Onde fica o tempo que nós precisamos para nos acostumar com a situação? Muitos poderão dizer que os membros da família são reféns de seus segredos e não dos captores, mas o que eu vejo na tela é bem o oposto. Eles tem segredos, mas nada que vá fazer com que algum deles morra. O filho vende drogas, a filha grávida e o marido tendo um affair. Nossa, isso é o motivador para tal cativeiro emocional?
Mas eu nem cheguei na pior parte desse piloto. Quem é vilão? Quem é mocinho? Duncan é o captor e o líder dessa operação, mas fica entre um diálogo e outro, tentando manter a postura por que ele é sentimental demais. Ou seja, não temos um vilão, tem um motivo secreto. Que decepção.
Eu vejo que Hostages vai acabar se tornando uma série sobre muitas perguntas e poucas respostas. A tensão que eu queria que existisse, não conseguiu ser firmada no piloto. As limitações da série quanto a seu próprio nome e premissa conseguiram colocar uma pedra bem grande no futuro de Hostages. Mas se mesmo assim você ainda quiser ter esperanças, saiba que a Toni Collette está até simpática na série.
Para mim, a descrença com a série já parte das mentes poderosas da CBS, que optaram por fazer de Hostagens, uma série com 15 episódios e exibição sem reprise. Ou seja, lá por fevereiro a série já deverá ter encerrado sua primeira temporada. Isso é um verdadeiro e sonoro aviso de "estamos com um pé atrás". Os períodos de hiatus acabam afastando algumas pessoas da série, especialmente se ela não for boa o suficiente para causar um momento de tensão e expectativa. Essa tentativa da CBS é clara, eles querem subir a tensão e tentar segurar os acontecimentos para uma próxima semana, não dando tempo de esfriar.
E na minha opinião, o piloto não conseguiu nem ao menos passar perto de criar toda essa situação de tensão e antecipação. Em uma série com reféns, você espera o que? Que o sentimento de prisão e risco sejam sempre elevados a cada momento. Você precisa realmente estar refém da situação. Mas os captores são tão água com açúcar que em momento algum eu tive medo ou receio por algum dos personagens. Tá, confesso que eu fiquei um pouco sentido pelo cachorro, mas fizeram questão de mostrar que sofri por motivo nenhum.
Essa tentativa de criar uma síndrome de estocolmo com nós, mais do que com os personagens é tão estranha e obtusa, que se fosse regra/lei da série, seria melhor que tivesse acontecido lá pela metade. Né? Onde fica o tempo que nós precisamos para nos acostumar com a situação? Muitos poderão dizer que os membros da família são reféns de seus segredos e não dos captores, mas o que eu vejo na tela é bem o oposto. Eles tem segredos, mas nada que vá fazer com que algum deles morra. O filho vende drogas, a filha grávida e o marido tendo um affair. Nossa, isso é o motivador para tal cativeiro emocional?
Mas eu nem cheguei na pior parte desse piloto. Quem é vilão? Quem é mocinho? Duncan é o captor e o líder dessa operação, mas fica entre um diálogo e outro, tentando manter a postura por que ele é sentimental demais. Ou seja, não temos um vilão, tem um motivo secreto. Que decepção.
Eu vejo que Hostages vai acabar se tornando uma série sobre muitas perguntas e poucas respostas. A tensão que eu queria que existisse, não conseguiu ser firmada no piloto. As limitações da série quanto a seu próprio nome e premissa conseguiram colocar uma pedra bem grande no futuro de Hostages. Mas se mesmo assim você ainda quiser ter esperanças, saiba que a Toni Collette está até simpática na série.