Dois episódios, o ponto alto e o
baixo da sexta temporada de True Blood.
Alerta de Spoilers!
Ultimamente True Blood tem se
mostrado de volta a era de ouro da série. Episódios coesos, centrados e bem
feitos. Do jeito que todo fã gosta, do jeito que todos nós pedimos desde o
final da quarta temporada. Em dois episódios True Blood atingiu seu ápice e seu
fundo do poço. Mas não se enganem, estou falando das emoções, não da qualidade
dos episódios, ambos foram excelentes, apesar de um ter sido mais lento que o
outro.
Sookie pode ter sido o foco até a
quarta temporada, sua pussy mágica enfeitiçou vampiros até o momento em que
Bill e Eric decidiram que iam se tornar amigos e esquecer da periquita de ouro
da telepata. Claro, a série ainda tem como ponto fixo o triângulo Sookie, Bill
e Eric. Mas a história não gira mais ao redor da pergunta "Com quem Sookie
vai ficar, o loiro ou o moreno?". Agora, temos Warlow. Não apenas o Warlow
que podia ser uma ameaça, o Warlow que é híbrido, não é tão ruim e ainda faz
com que a Sookie tire a calcinha no meio do cemitério e bom, vocês viram, vocês
sabem.
Mas as coisas estão tão boas na
série, que eu preciso dedicar um momento todo especial para Billith. Se nós
viramos os olhos para a ideia proposta no final da quinta temporada, tenho
certeza de que agora todos estamos comemorando a decisão. Essas duas histórias
paralelas que colocam dois vilões com roupagens diferentes no mesmo mix, são
uma maravilha. De um lado, temos o governador, traído pela mulher, trocado por
um vampiro e com uma filha recém transformada, com todos os motivos do mundo
para querer se vingar de uma raça que só o proporcionou sofrimento. Do outro,
temos Billith, uma criatura ainda misteriosa, com a missão de salvar uma raça,
mesmo que para isso seja necessário elimiar ou domar outra, qualquer meio
necessário. Os dois não tem escrúpulos, os dois baseiam suas decisões no
"bem maior", só que nenhum deles sabe o que realmente será bom para
os outros.
O processo de revitalização e
limpeza em True Blood é tão grande, que se compararmos a importância dos
personagens secundários até o final da quinta temporada e olharmos agora,
poderemos ver que os poucos minutos separados para que eles tenham sua
importância, são bem utilizados. Terry era um personagem que todos gostávamos e
nosso amor com ele começou lá na segunda temporada, quando ele e Arlene
começaram a participar das orgias da MaryAnn. Nosso romance com o casal ficou
conturbado e frágil com a trama do Ifrit e agora foi encerrado com Terry
encontrando finalmente a paz que ele queria. Verdade seja dita, os fantasmas
que o consumiam eram fortes demais, ele já tinha desenvolvido problemas
psicológicos que somente uma hipnose poderia corrigir, pena que ela aconteceu
tarde demais.
Agora, só uma pergunta: Por que
só pensaram em hipnotizar o cara agora? Ninguém podia ter livrado ele dessas
dores antes? Mas pelo menos ele foi embora feliz, crendo que a vida que ele
teve era a vida que ele sempre quis, um pai, padrasto, marido e cozinheiro
perfeito e amado. R.IP. Terry. Agora é torcer para que condensem as aparições
da Arlene, mas que não a excluam. Deixem que ela e Andy dividam a tela por mais
tempo. Vocês viram, que é exatamente isso que está acontecendo. A série está
juntando todos os personagens secundários no mesmo lugar, até a Portia apareceu
no sétimo episódio.
Sam e Alcide, que também foram do
ápice ao fundo do poço em dois episódios. Emma sendo entregue para a avó, dando
um ponto final nessa cruzada. E depois Alcide sendo desmascarado pela própria
matilha. As coisas estão ficando cada vez piores para os dois, imagino o que
acontecerá agora que Sam precisa voltar para Bon Temps e Alice provavelmente
terá que provar se é digno do posto que ocupa ou não.
Por falar no sétimo episódio. Que
carga emocional foi essa? Depois de um episódio tão tenso, como o sexto, que
termina com o Bill arrancando a cabeça do governador e mandando sua mensagem,
temos todo o drama com Eric e Nora. Um flashback mostrando Eric encontrando
Nora e depois toda a dor e sofrimento, do envenenamento da vampira até sua eventual
morte, não tinha como não sofrer junto de Eric. Foi um episódio mais lento, mais
pesado, para todos. True Blood se encarregou de eliminar dois personagens, nos
jogando no chão junto.
Agora sobra o grande problema.
Eric vai se juntar a Billith para se vingar, Bill quer que Warlow esteja no
local para que todos drenem de seu sangue e possam andar no sol. Eu só consigo
imaginar um final, banho de sangue em todos nós. Já Sarah Newlin, está de
parabéns, todos os quesitos de bitch mor foram completados com sucesso.
Fechando esse arco maravilhoso de
sete episódios ótimos, um breve fôlego para depois nos afundarmos novamente
agora que estamos a apenas três episódios da conclusão dessa ótima temporada.
Espero do fundo do meu coração que não estraguem tudo, mas acho bem difícil, já
que mesmo True Blood entregando temporadas não muito interessantes, ela sempre
conseguiu fazer finales ótimos.
Ps. Jessica não quis dar, depois
deu. Jason, coitado.
Ps². Realmente, o sangue do Eric
é potente, Willa já começou mandando em todo mundo, até na Pam.
Ps³. Pam, pare de ser biscate.