Parabéns Linda, você ganhou uma casa. Seria uma pena se alguém colocasse fogo nela.
Alerta de Spoilers!
Eu recomendo que você leia o meu primeiras impressões sobre Under the Dome, antes de reclamar da série ter se apresentado de forma mais lenta nesse segundo episódio. Under the Dome não é uma série de ficção ao estilo Falling Skies, não é uma série de acontecimentos misteriosos e chocantes como foi Lost. UtD é uma série mais lenta que, como vocês viram, foca mais nas relações humanas frente aos momentos de desespero.
Claro, ainda temos as cenas que são feitas para desviar nossa atenção da bolha gigante que cobre a cidade, sempre é claro, nos lembrando de que ela pode não ser vista, mas esta lá. Ouvimos muito até agora, de que esse domo é uma chance de proteção da cidade de Chester Mill. Ouvimos isso do padre, ouvimos isso do Big Jim. Aquilo lá não é uma obra dos militares, e sabe-se lá de quem seria. Mas existe um motivo para sua existência, o que me faz respirar aliviado, já que muitas das obras do Stephen King terminam com explicações puramente filosóficas, quando existentes.
Pelo menos por enquanto, respostas não são dadas, só são feitas novas perguntas. Mas confesso, que por um momento eu achei que o Junior tivesse entregado um envelope para Angie contendo os planos do pai. Fiquei #chateado por ter visto apenas umas fotos sem graça entre os dois, mas o susto valeu a pena.
Pobre Linda, perdeu o homem que considerava como pai, perdeu o cunhado, está longe do noivo e ainda tacaram fogo na casa que ela tinha herdado. Sacanagem com a policial. Mas gosto da personagem, que ainda não teve muitas falas, mas já me conquistou, não sei o motivo, mas gosto mais dela do que da reporter Julia.
Ainda acho a reporter um pouco forçada demais, muito exagerada. Ela é, reporter de um jornaleco de cidade pequena, mas tem skill de uma Lois Lane, ao passo que, não desconfia de ninguém, enquanto deveria estar com as orelhas em pé para qualquer coisa. Outra coisa que me deixou um pouco desconfiado: Quanto tempo entre a estação de rádio e o centro da cidade? Em um minuto a Julia estava lá, dando upgrades das informações do Domo, no outro ela estava com a maquina fotográfica enquanto o fogo devorava a casa do falecido Duke. Vamos com calma.
Posso confessar meu ódio pelo padre da cidade? Pois eu não gosto dele. E isso é muito bom. Demonstra o quão desenvolvida e competente a série é, me fazendo detestar um personagem com uma cena e uma fala, apenas. Não é fácil esse tipo de sentimento crescer em mim com apenas dois episódios, mas eu já me sinto apegado a pelo menos três personagens de Under the Dome, três deles que eu não quero que morram tão cedo.
A série não tem um padrão "mate todo mundo" como Game of Thrones tem, na realidade, poucas séries seguem essa linha. Mas se vocês forem prestar atenção, Duke, que prometia ser a pedra no sapato do Big Jim, já morreu, o cunhado da Linda já morreu, a casa da Linda, morreu. Poucas pessoas estão salvas, poucos objetos estão salvos.
Brincadeiras a parte, Under the Dome mistura muito bem a ficção cientifica com a fantasia. As estrelas rosa estão caindo. WTF? O que é isso? Dá um sentido de além da tecnologia para esse acontecimento. Não é normal, dois adolescentes, aparentemente da mesma idade terem visões iguais no dia em que a bolha decide isolar a cidade. É feitiçaria e tecnologia. Tem como não amar?
Espero que as coisas continuem como estão, quero ver o Junior apanhando cada vez mais. Quero ver mais cenas de pessoas que foram cortadas pela bolha invisivel, quero ver muito mais do que a série está mostrando. Tudo no tempo da série, sem muita correria, sem muitos exageros. Under the Dome está boa da forma como está. Não tenho reclamações.
Até mesmo Barbie, que eu jurei que iria me irritar, pois não gosto nem um pouco dos moldes do personagem, não me irritou. Me deixou feliz por ele ter dado uns bofetes no Junior. Mas ele ainda está no centro das minhas preocupações, a série não pode se desviar do seu foco, as relações entre as pessoas e a presença do domo, temo que logo estaremos vendo romance nesse mix, e romance não é algo que eu vejo com bons olhos em séries de ficção cientifica.