E agora???
Depois de uma tentativa de
assassinato e suicídio, como seria a relação de Dexter e Deb depois disso? Essa
foi à pergunta que todos ficamos na cabeça depois do episódio da semana passada,
e o que era de se suspeitar realmente aconteceu. Outro ponto foi que Dexter
tinha acabado de perder a confiança em Vogel, depois vem Deb e tentar o matar,
agora em quem confiar? E a resposta é “nessas mesmas pessoas”.
Uma forte tensão no ar, e os
irmãos frente a frente para resolverem essa situação, no mínimo inusitada para
uma família normal, que não é o caso deles. Essa foi a primeira vez que vimos
Dexter se alterar com Debra, e foi a primeira vez que ela presenciou esse lado
do seu irmão, mas essa era a reação no mínimo esperada para quem acabou de
passar por uma situação dessas.
Confiança abalada duplamente,
então em quem confiar? Deb virou o jogo com a ajuda de Vogel, mostrando que foi
uma atitude impensada, que ela queria de alguma forma resolver essa situação, e
acabou optando pela solução errada. Deb já demonstrou e já falou que não
consegue viver sem ele, e acho que ele também não consegue viver sem ela, e o
que uniu novamente os irmãos foi o outro lado da história, Vogel, está em
perigo.
Dexter e Debra trabalhando juntos,
uma situação inédita e até inimaginável há algum tempo atrás, e a dupla mostrou
uma eficiência fora do normal. Debra nunca tinha presenciado Dexter entrar em
ação realmente, e a busca para salvar Vogel e finalmente pegar o cirurgião foi
uma situação perfeita para ela o ver em ação, e isso aconteceu, e posso dizer
que foi de uma maneira glamorosa.
Outro ponto foi o jogo psicológico
de Vogel com o cirurgião, magnífico e que acabou salvando seu dedo, e
principalmente sua vida. Uma demonstração de como é possível manipular a mente
humana, com as armas e os conhecimentos certos, magnífica atuação de Charlotte
Rampling, impecável como sempre.
Mudando um pouco o foco, falando
dos outros personagens que rondaram esse episódio temos Masuka e sua filha, que
pelo jeito apareceu na sua vida assim de repente como interesse, como ele mesmo
suspeita, e nada melhor que pedir a ajuda de uma das melhores investigadoras da
série, né verdade! Outro que vem se destacando mesmo foi Quinn, que pelo jeito
vai perder sua vaga de sargento por não ter resolvido o caso da mulher
encontrada morta em uma casa. Falando nessa morte, parece que vem aí um novo
psicopata em ação, e será que esse pode ser uma espécie de substituto de
Dexter? Meio impossível para um personagem insubstituível.
Voltando ao trio em destaque,
outra cena inédita foi Dexter levando Deb e Vogel para verem um dos rituais
mais sagrados de sua vida de Serial Killer, ele se livrando do corpo da vítima.
Uma cena onde significava aquele alívio de ter conseguido cumprir a missão,
aquele momento que Dexter ficava só, contemplando a beleza da noite e do mar,
sozinho com seu lado sombrio sendo saciado.
Uma cena em que ele olhou para as
mulheres que a pouco tinha perdido a confiança, e as chamou de família. E realmente
só uma família mesmo se esforça para manter todos bem e a salvo, e encobre os
erros que algum membro venha a cometer, só para não o prejudicar. É uma família
bem torta, isso é fato, mas é uma família que um pode contar com o outro para o
que der e vier, e que não consegue mais viver sem a presença do outro.