Deus trabalha de jeitos estúpidos e diferentes.
As pessoas de Southfork estavam bem trabalhadas
na maldade um com o outro, no melhor estilo Dallas de ser. A única mais ou
menos aceitável era Elena, a que tentou algo com Dean, mas como ele ainda não
tinha superado Aaron, do episódio anterior, a fornicação simplesmente não
aconteceu.
Depois de sete anos, finalmente descobrimos
como um Cão do Inferno é pelo menos de longe. Foi legal ver aquelas criaturas,
que sempre estão invisíveis, aparecem, para variar um pouco. É um pedaço da
mitologia da série que sempre me intrigou, e fizeram um bom trabalho em
finalmente darem mais espaço para nos conectarmos com a série, no geral.
A cena em que Dean vira um demo por alguns
momentos também foi muito bem feita, e quando o braço de Sam começou a doer e
brilhar, achei que uma tatuagem mágica iria aparecer, como a de Jeremy, em The
Vampire Diaries.
A conversa entre os irmãos, porém, foi a melhor
parte do episódio. Um problema que a série tem é a repetição dos mesmos erros,
e por isso, foi um alívio ouvir Sam dizer que Dean é tão importante, tão
inteligente, e merecedor de uma vida. Dean não é apenas digno de uma boa vida
porque ele é irmão de Sam, mas porque ele é um "gênio" como um
caçador. Eu não acho que alguém já elogiou as habilidades de Dean desta forma
ou o fez se sentir tão especial. Sam ainda disse: "Você é melhor do que
eu. Melhor do que o pai”. Um diálogo simplesmente incrível.
Até porque, essa constante mentalidade ‘ah,
estou de boa com a morte, desde que você sobreviva’ é antiga. Além disso, é
raro ver Sam salvar Dean (geralmente é o contrário), então isso foi uma mudança
bastante interessante. É bom ver eles
finalmente entendendo que não tem que ser um ou o outro, eles simplesmente
podem conseguir passar por cima de todas as dificuldades e continuarem vivos.
O 8x15, porém, não foi muito promissor. A única
coisa boa do episódio foi a imprevisibilidade de quem estava por trás de tudo,
além do gato, é claro, já que estava mais do que óbvio na sua primeira aparição
que ele também estava envolvido, de alguma forma.
A cena final foi legal também, parecia algo de
um dos desenhos do Dragon Ball Z, só que sem o Goku para ajudar. Achava que
quando o malvado invadiu a mente e viu o tanto que os irmãos eram desajustados,
ele automaticamente morreria, mas o jeito que ele foi distraído também foi bem
irritante.
Na verdade, o episódio começou bem. Uma piada
envolvendo um cão, que vira uma mulher, que é literalmente uma cachorrinha é
engraçada, mas o resto do episódio foi sofrível. A maioria das piadas era algo
completamente apelativo, a mitologia das bruxas virou de cabeça para baixo (o
que são familiares exatamente, e como pode um cara normal ter superpoderes?) e a
relação Portia / James estava muito assustadora (ela o chamava de mestre, usava
uma coleira de cachorro, e tinha que seguir suas ordens). Simplesmente
terrível.
Nem Dean, que deveria ser a salvação de
qualquer episódio da série, funcionou. Dean foi muito inconsistente em sua
imaturidade neste episódio. Até o tema principal de Sam tentando provar que ele
poderia assumir ensaios de Deus foi bem mais moderada. James e Portia
fornicando não deveria ter sido uma surpresa. Achava que estava implícito desde
o início. Além do mais, a piada ‘ah, você faz sexo com ele em forma de cachorro’
nunca deveria ter acontecido. Levaram Dean a um nível espantoso de imaturidade.
Então, nenhuma das piadas funcionou e quando o
episódio deveria ter sido engraçado, os roteiristas estavam muito ocupados
levando o episódio muito a sério. Dean estava totalmente fora de personagem,
sem contar o plot do episódio, que foi extremamente superficial. Eu adoro
cães, mas a série fode, toda vez que decidem usar um cão de verdade - apenas os
cães demoníacos que dão certo em Supernatural.