Nazistas contra Judeus.
Não há duvidas de que a série entrou em um
ritmo de criatividade que ninguém vai poder parar – pelo menos por enquanto. A
introdução dos Homens das Letras semana passada foi um indício disso, na
verdade, um ótimo indício, já que os roteiristas arrumaram uma forma de manter
o mesmo ritmo que já conhecemos e ao mesmo tempo introduzindo algo novo e
interessante, lidando com magia e necromancia.
‘Os Homens de Letras’ é uma outra abordagem
para o mesmo problema. O arco dá aos irmãos um novo mundo, história e métodos,
mantendo a fórmula intacta. Não é como se eles fossem parar com a profissão de
caçadores, só vão conseguir um hobby extra caso o primeiro trabalho fique
chato. E como não amar a bat caverna dos garotos, com whiskey, cerveja e um
monte de livros para Sam ficar mais nerd? Sam sempre foi o mais motivado dos
dois, então seria natural que ele fosse o primeiro a aceitar o fato de que essa
nova ‘vida’ que eles poderiam ter tido vale a pena pesquisar.
Esse novo arco é algo novo e promissor, e é
exatamente isso que a série precisava para sair da mediocridade. É algo que me
dá esperança de que ainda há um futuro bom para a série, se for utilizado de
forma inteligente, é claro.
O caso do episódio teve muito a ver com esse
novo arco, mesmo que tenha sido extremamente apelativo para certo lado e
totalmente previsível no final. O clímax foi bem anti-clímax, com o necromante
basicamente sendo morto por só dois tiros na cabeça, enquanto todos os seus
capachos também morreram facilmente. Foi tudo muito fácil, e o estranho foi o
nazista ter mantido todos vivos por mais tempo que necessário, que foi
exatamente o tempo que levaram para arrumarem uma forma de combatê-lo.
Porém, também foi um episódio engraçado,
principalmente por causa de Adam, o cara que não é gay. Todo mundo sabe que
Dean ficou secretamente bem ofendido por ele não estar afim daquele pedaço de
mau caminho, mas o fato do judeu usar uma cantada como desculpa para seguir ele
em todos os lugares foi bem divertido. A cena dos dois no bar foi bastante
desconfortável, mas bem engraçada ao mesmo tempo.
Entramos em um novo mundo onde talvez nem todas
as criaturas sejam assassináveis ou acabam virando monstros. Agora, até alguns
monstros podem viver normalmente, aumentando a mitologia da série, que
convenhamos, já estava bem desgastada.