The Good Wife entrega um episódio empolgante, mas ainda sim é melhor
não ficarmos muito animados...
Digo isso porque, ainda que o
episódio tenha sido empolgante e tenha resgatado muito dos melhores elementos
da série, ‘Red Team Blue Team’ está
longe de mostrar um desenvolvimento real para a trama.
Afirmo isto devido ao péssimo habito
que a série pareceu adotar nesta quarta temporada: começa a trilhar um caminho
para logo em seguida dar resoluções fáceis aos seus conflitos retornando ao
exato ponto em que estava. Estagnação parece ser a palavra de ordem nesta 4ª
temporada em que absolutamente nada de impressionante ou definitivo aconteceu.
Portanto fica difícil acreditar
que os caminhos que Alicia ou Cary parecem trilhar neste episódio
serão definitivos e que a qualquer momento o roteiro não dê uma resolução fácil
e barata para estas historia.
Mas excetuando-se esse fator,
este foi um ótimo episódio, casos interessantes e movimentos promissores.
Eli se livra da investigação com um movimento interessante, Elisabeth Tascioni pareceu um pouco
desprovida da excentricidade tão característica a personagem, mas sua presença
basta para alegrar um pouco a série. Entretanto, Eli se encontra sob a ameaça de perder seu cargo na campanha de Peter, novamente, é difícil acreditar
que ele realmente esteja sob uma ameaça real e daqui só espero que ele mostre
uma boa sacada para se livrar da situação.
De volta Lockhart/Gardner, finalmente nos livramos do maçante plot da falência
da firma, que em um mês conseguiu se recuperar e ainda obter um lucro de 133
milhões (pois é, milagres acontecem). De bom nisso, só mesmo o adiamento da
sociedade de Alicia, Cary e seus amiguinhos avulsos que
rendeu conflitos interessantes aqui.
Será interessante se a estratégia
dos associados permanecer, Alicia foi
promovida aqui, mas Cary pode se
juntar aos outros três amiguinhos com a proposta que Florrick recusou. Algo que parece em movimento quando analisamos o
clima que se estabelece nos momentos finais do episódio.
Por outro lado, tudo isso se
torna decepcionante porque Alicia continua
sendo um saco de pancadas, é humilhada a todo o momento, mas sempre retorna
pelas migalhas oferecidas pelos seus algozes. Porque a moça têm essa atitude
continua sendo uma incógnita, ele teve chance de oportunidades melhores, mas
recusa-se a sair da zona de conforto motivada apenas por uma fidelidade cega.
Isso mancha em muito a imagem de mulher forte que a série tenta atribuir a
personagem.
O caso da semana foi bastante
empolgante. Proporcionou uma experiência interessante e divertida ao colocar Alicia e Cary enfrentando Will e Diane no tribunal simulado, a coisa ficou
ainda melhor quando os dois primeiros foram incentivados pela raiva e decepção para
com os seus superiores. Uma oportunidade única e uma briga muito bacana.
Mas apesar de ter proporcionado
um episódio excelente, tivemos tantas decepções nesta temporada que fica difícil
acreditar que as decisões tomadas aqui serão levadas adiante. Isso é
extremamente danoso a série. Um episódio não é capaz de apagar todos os
incontáveis erros que a temporada contabiliza. Só resta torcer para que este
surto criativo da série permaneça, pois no fim das contas, odiaria cancelar The Good Wife da minha lista.