Porém, antes de comentar sobre a Fall Finale, vou fazer um balanço de como foi o 9x08, que foi o episódio totalmente centrado nos novos internos.
No começo da
temporada, tinha duvidas se os novos internos conseguiriam encontrar um lugar dentro
da série, se suas histórias pareceriam forçadas ou até mesmo recicladas. Não é
normal demorar oito episódios para que isso aconteça, mas pelo menos aconteceu.
Falo sem nenhuma vergonha que os novos internos têm de tudo para se tornarem
nossos novos queridos personagens, da mesma forma que Meredith e companhia se
tornaram, desde o começo da série até agora. Vamos, então, falar sobre cada um
deles:
Ross (O
interno de Kepner, o chocolate):
Não há duvidas
de que ele é o melhor dos internos. Sensível, educado e humilde. Ninguém
gostaria de trabalhar com Kepner, mas ele continuou com ela, firme e forte, e
acabou se livrando de seus próprios pré-conceitos da médica, recebendo
conselhos que outros atendentes simplesmente não dão. Como tratar os pacientes,
como lidar com coisas nojentas e afins, não é todo mundo que consegue
aconselhar tão bem igual Kepner. Ela sempre foi e sempre será a médica mais
‘humana’ de todos, e Ross com certeza tem muito que aprender com ela.
Jo Wilson (a
Princesinha):
Jo é
obviamente a principal entre as internas. Já faz algum tempo que comentei que
ela ficaria com Karev em um momento futuro, mas Karev é uma ótima pessoa,
julgando-a logo na primeira oportunidade por causa de um relógio, então acho
que isso vá demorar mais um pouco para acontecer. Por mais que tenha sido
extremamente previsível que ela tinha sido abandonada pela mãe depois daquele furacão
que ela aprontou com a menina da menina de 15 anos, ela é a mais agradável das
internas.
A interna de
óculos (a da Cristina):
Não sei o nome
dela ainda, só o apelido. Uma pena, porque nesse episódio foi dela que gostei
mais, além de Ross, é claro. Ela não fez quase nada para ser escolhida por
Cristina para participar e cuidar da cirurgia, enquanto a outra ficava tentando
agradar de todos os jeitos. Ela também é bastante humana, exemplo disso foi a
reação que ela teve em ter que contar para o pai de um dos bebês que ele
ganharia o coração antes da outra bebê, que estava esperando por mais tempo.
Por mais que uma competição é completamente saudável entre internos, não dá
para não lembrar de quando nossos atendentes eram internos, e mesmo competindo,
acabam se ajudando também.
Girafa (a
interna da Cristina):
Não sei o nome
também, e não teve tanto destaque. Foi divertido vê-la se desdobrando para
conseguir agradar Cristina, para que no final fosse banida da OR por tempo
indeterminado. Ainda precisa de um aprofundamento, mas obviamente consegue se
manter pela competição saudável com a dos óculos.
Interna
Pequena (a da Meredith):
Meredith só a
ensinou a fazer ligações e atender o celular, mas mesmo assim, foi divertido.
Ela passa essa imagem de inocente e frágil, prestes a desmoronar a qualquer
momento. Servirá como alívio cômico se continuar a trabalhar com Medusa nos
próximos episódios. No episódio, foi a interna que mais me fez rir.
Grey’s Anatomy 9x09: Run
Baby Run
Como sempre, Shondaland termina o ano com uma
tragédia.
Essa é a maior
verdade de Grey’s Anatomy. Todo fall finale ou midseason finale ou season
finale precisa acontecer ou terminar com algum tipo de tragédia. Ano passado, a
fall finale foi o acidente da ambulância em que Meredith e Karev estavam e esse
ano é Adele, nossa querida chocolate esquecida, que estavam vomitando até as
tripas, já que não tinha mais nada para vomitar. Muito triste, mas o triste
mesmo foi Bailey, que não deve ganhar uma segunda chance com Ben, mesmo ela
explicando detalhadamente o que aconteceu.
O problema foi
que durante o episódio inteiro Bailey estava agindo como uma noiva louca, a
típica bridezilla. Ela até arrumou uma nova forma de convidar as amigas para
serem suas madrinhas: ‘na hora do casamento, não sente’ e pronto. Por mais que
tenha sido engraçado vê-la daquele jeito, estava na cara que ela estava com
muitas duvidas em relação ao seu futuro e com medo de cometer os mesmos erros
de seu primeiro casamento.
Claro que,
juntando isso, com o romance dos dois, que nem sempre foi a melhor coisa do
mundo e Adele, Bailey nem pensou duas vezes ao pedir pro motorista ir para o
hospital. O ruim disso tudo é que, no final, Bailey já havia aceitado o fato de
que ela não pode controlar tudo e todos e que com o tempo, ela conseguiria
arrumar qualquer problema que aparecesse em seu casamento. Ou seja, ela não
tinha mais duvidas.
Uma participação
super especial na série desde o final do episódio passado fica por conta de
Neve Campbell, nossa querida Sidney Prescott, da franquia Pânico (Scream). Ou
seja, só estou esperando o Ghostface aparecer no hospital para esfaquear todo
mundo.
Falando sério,
sempre é bom uma nova pessoa andando por Seattle, principalmente quando essa é
bastante direta e sem escrúpulos. No começo, achava que ela faria o tipo vadia
para cima do irmão e de Meredith, mas a pessoa mais errada nessa história é
Meredith, que simplesmente cortou relações com a família de Derek. O pior de
tudo é que mesmo Lizzie estando em Seattle desta vez, ela também NÃO quis
mostar Zola para a tia. Coisa fina. Só uma coisa bonita saiu disso tudo: Lizzie
foi a primeira pessoa para quem Meredith contou que estava grávida. Não estava
esperando aquele momento. Achava mesmo que Meredith iria fazer jogo duro com a
mulher até o final do episódio.
Por outro
lado, Karev julgou muito mal sua interna. Na verdade, esse relacionamento entre
os dois está parecendo o relacionamento entre ele e Lizzie, muitas temporadas
atrás. Wilson é quase uma Izzie 2.0: possui uma vida complicada, é
completamente insegura sobre o que está fazendo e tem problemas de confiança.
Com certeza Karev a deixou realizar o procedimento por pena, mesmo que ele
tenha negado no começo. Porém, Karev também está aprendendo. Ele simplesmente
não pode deixar uma pessoa sem nenhuma experiência realizar um procedimento sem
nenhum treinamento. Ele quer seguir os passos de Arizona, mas até Arizona não
jogava Karev para ser comido vivo pelos leões.
Kepner estava
divertidíssima nesse episódio, não querendo ir ao casamento para não ter que
lidar com Avery e olhar para ele sem querer. O pior de tudo é que ela acabou
passando muita vontade nele, falando sobre o vestido quase nu que ela iria
usar. Adorei que Avery quase pulou do balcão para agarra-la na recepção mesmo,
querendo fazer um sexo em público. Colocando Stephanie (a interna de óculos),
que já se provou no episódio passado ser um bom alívio cômico e também
inteligente, toda paranoica com a possibilidade de estar, de fato, em um
encontro. Quando a deixou a cargo de arrumar uma amiga para ir com Karev, não
havia duvidas de que era óbvio que seria Wilson, só porque já não estava na
cara que eles ficarão juntos.
Falando em
paranoia, Ross também serviu como ótimo alívio cômico, principalmente depois de
perceber que era realmente um encontro. Adorei ele achando que a ida ao
casamento era na verdade um momento de aprendizagem, sobre o que não dá para
saber, mas pelo jeito Ross achava que isso que ia acontecer. Porém, os internos
precisam ser mais desenvolvidos, ao invés de estereotipados com fórmulas que já
vimos em Grey’s Anatomy.
E como sempre,
Cristina e Owen continuaram no drama do ‘eu te quero mas não vou contar’. Não
sei porque Cristina não conseguiu chegar sozinha à conclusão de que o casamento
dos dois é um conflito de interesses dentro do caso contra o hospital. Porém,
fiquei muito feliz em vê-los se pegando novamente. Desde o começo da temporada
Shonda já havia demonstrado sua vontade de juntá-los novamente, e fiquei feliz
por isso finalmente ter acontecido, afinal Owen só fica interessante quando
fica com Cristina.
P.S: Como não
amar Callie dando um chega pra lá no drama de Arizona e de sua perna, porque
ela está extremamente irritada por estar sem fazer sexo há cinco meses.