[Reviews] True Blood - 5.09: Everybody wants to rule the world

Legenda da foto: Bill, você é um babaca.

Alerta de Spoilers!

Três episódios se passaram em que eu questionei se valeria a pena continuar com True Blood ou não, pois bem, com esse nono episódio a série me convenceu a continuar essa cruzada por mais um tempo. 

Tudo nessa temporada tem sido uma constante balança, e infelizmente ela estava com o saldo mais negativo do que a exibição das olimpíadas pela Record. Estava uma coisa sem sal, bagunçada e cheia de história sem nexo algum sendo jogada em nossa cara. E então vem a pergunta: O que fez esse episódio tão bom?

E eu respondo, ele não foi nada de muito gritante, não existiram surpresas monstruosas nem nada parecido. O que eles conseguiram fazer nesse episódio foi dar um fim a duas das tramas mais azedas que a série já conseguiu nos presentear (e que belo presente de grego elas foram). 

Logo de cara, conseguimos dar adeus a trama do Ifrit e a dos caçadores de shifters. Só isso já seria capaz de me fazer sorrir abertamente e sem medo. Mas além de matarem essas duas tramas chatas eles ainda conseguiram fazer isso amarrando tudo, daquele jeito bonitinho, sem muita enrolação, com respostas plausíveis exceto por um pequeno detalhe. No momento em que Laffayete recebe a mensagem da avó da Sookie, a desencarnada pede para que a neta dê uma espiada embaixo da cama, e lá Sookie encontra uma caixinha com um monte de papel, fotos antigas e um recorte de jornal com a notícia da morte dos pais da Sookie.

Isso pra mim foi só uma forma de colocar Sookie no meio da trama dos shifters, já que a presença dela no local não faria muita diferença e inventar algum motivo para que a fada loira com problemas de aceitação pudesse ser utilizada sem cair no ostracismo seria muita ousadia. Por isso, lá foi ela descobrir que o ex-xerife Bud tinha sido o responsável pela investigação da morte dos pais dela. Primeiro erro, Bud foi o xerife da cidade desde sempre, e já sabemos que desde que a Sookie era uma garotinha, logo ele teria sido responsável pela investigação de um assassinato. Segundo ponto, o título da notícia deixava bem claro que ele tinha investigado, como ela nunca reparou? Como ela nunca leu a notícia da morte dos próprios pais? 

Tudo bem, desprezando esse pequeno detalhe, lá foi Sookie arrumar um jeito de arrancar o que ela já sabia. Então, fica bem claro que a existência dela nesse episódio foi meramente pra aparecer, pra atriz receber o pagamento por episódio e só. Já que não tinha muito sentido. 

Outro ponto do episódio que me deixou sorrindo foi a possibilidade do Terry ou da Arlene morrer, mas é claro que isso não aconteceria, não é mesmo? Então, tivemos o confronto entre Patrick e Terry, culminando na morte do Patrick e na ultima aparição do Ifrit. Bye bye Ifrit. Não vou nem comentar sobre essa parte, por que, bom temos coisas mais importantes e interessantes nesse episódio.

Finalmente ficamos sabendo também sobre quem era o tal dragão, que não era o Bud, mas sim a psicótica mulher que foi deixada por uma shifter que conseguia se transformar em um guaxinim. Sério, eu já gostei dela, infelizmente só durou esse episódio e com a ajuda de Sam e Luna mais uma trama foi riscada do roteiro.

Como eu disse antes, True Blood tem essa mania de ficar nos enrolando com tramas secundárias só para dar uma resposta rápida. Esse episódio porém, mostrou que as coisas deram uma mudada. Tudo centrado na resolução dos problemas levantados, sem enrolação, deixando as pontas bem amarradas e ao mesmo tempo dando respostas aceitáveis. Muito melhor do que a trama do bebê e da fantasma que foi na temporada passada, que tinha muito potencial e foi estragada na hora de termos a cartada final.

Mas vamos falar de coisa boa, vamos falar dos nossos vampiros favoritos. Bill e Eric. Logo que essa temporada foi sendo desenvolvida e que Bill e Eric apareceram presos no QG da autoridade eu comecei a me preocupar, com o Bill, claro. Esse é um dos personagens mais fracos da série, e quando digo fraco, não quero dizer em desenvolvimento, mas sim em ser manipulado. Bill foi manipulado pela rainha Sophie-Anne, foi manipulado pelo Eric várias vezes, por que ele não cederia as visões da Lilith? Ou ao poder da autoridade? Desde o começo ele vinha dando suaves pitacos de que ele viria a se aliar a autoridade, sempre disfarçando como "parte do plano". Agora, ele está bêbado pela Salomé, a vampira que curte uma sambada com os peitos de fora e que deveria vir ao carnaval brasileiro ser rainha de bateria.

Aliás, um comentário sobre a série. Parece que todo episódio em que as cenas de sexo são nulas ou bem rapidinhas, as coisas ficam monótonas. Não estou dizendo que as cenas de sexo façam a diferença, por mim, não deveriam existir, o importante é a trama e não os peitos e pentelhos que aparecem na tela, mas True Blood parece só conseguir entregar um episódio bom quando ela consegue incorporar todas as coisas no mesmo episódio.

Claro que agora ficaremos com Eric tentando fugir, Bill perdido nesse frenesi pela Lilith e o mundo começando a entrar em guerra com os vampiros (se chegar a entrar). Isso, se, logo logo não tivermos a revelação dos shifters para o mundo, que também pode ser nosso desfecho da temporada. 

Até mesmo o flashback do Alcide pareceu fluir com coesão aos outros fatos que estavam ocorrendo na série, mas digo novamente, não acho que esse personagem consiga uma trama muito interessante tão cedo, principalmente por que ao que tudo indica seu relacionamento com a Sookie ficou só no quase e em True Blood só que prova do mel brilhoso da fada consegue plots interessantes.

Agora caminhamos para o final da temporada, e o gancho deixado nos leva a entender que conseguirão incluir Sam, Luna, Sookie e as fadas na guerra contra os vampiros. Pontos positivos para a série se isso acontecer mesmo, pontos a mais se fizerem o favor de matar o Steve rapidamente.  

Obs. Pobre Pam, que além de ficar presa com a chata da Tara ainda tem que ser arremessada no próprio bar pelo novo xerife da área. 

Obs². Por que a Martha levaria a neta pra um encontro da matilha com um vampiro? Mereceu o que teve.