Continua a saga da velhinha imortal e dessa vez com a adição dos três ursos e da cachinhos dourados.
Alerta de Spoilers!
Um segundo episódio bem diferente do piloto, que decidiu pegar mais leve com a trama e continuar a saga da Grimm imortal. Pelo menos até a conclusão do episódio. Todo o ar sombrio da série, que muito me agrada, é uma alusão completa a outra série que eu também adorava, Angel. Claro que isso se explica pelo fato de termos David Greenwalt, que esteve na produção da série ao lado de Joss Whedon.
Creio que os efeitos especiais ainda estejam meio fraquinhos, as vezes, próximos de uma experiência e não algo pronto e definido. Mas acho que essa é a mitologia da série, até por que, depois dos ursos demonstrarem que realmente podem se transformar em ursos completos, me fez entender que a transformação completa depende da vontade da criatura.
Eu estava me perguntando, conforme o episódio se desenvolvia, o que tinha acontecido com o nosso querido Blutbad, Eddie. E minhas preces foram atendidas quando ele apareceu e já se firmou com toda a certeza, ser o alivio comico e informativo da série. Até por que, ficar consultando livros sem a ajuda de ninguem, seria meio depressivo e Nick só com Nick, não é fácil de lidar.
A trama da série, e sua mitologia, vem sendo construida de forma a nos mostrar que além de Eddie, existem outras criaturas que abandonaram suas raizes. E esse episódio girou essencialmente nesse quesito. Aquilo que podemos fugir e aquilo que não podemos. Os ursos da cachinhos de ouro, conhecidos como Jagerbars precisam, de acordo com a tradição, caçar humanos para que possam passar da fase jovem a adulta, mas nem todos. Da mesma forma, Nick, precisa agir de acordo com a natureza de seus ancestrais. E olha, que ancestrais foi a palavra mais ouvida nesse episódio.
E cachinhos dourados, que ao invés de invadir a casa e sentar nas cadeiras, comer o mingau, bebe o vinho, come o queijo e faz SEXO na cama dos ursos? A alusão a essa personagem foi muito bem executada, um casal tarado querendo experimentar todas as camas da casa. A série está se colocando em um local que eu tenho prazer de dizer que estou adorando, as tramas são bem executadas, a ambientação muito boa de assistir e dá uma climatização sombria do jeito que uma série dedicada ao sobrenatural deve ser.
Finalmente, e digo isso com um pouco de pesar no coração, a tia de Nick faleceu, agora sua herança Grimm virá com toda força. Olha, pensar que uma mulher semi-morta pode rivalizar com um homem sadio, é complicado. Mas, quem sabe faz parte da natureza dos Grimm uma força sobrenatural, também?
Fico feliz com a série, que apesar de ainda passar uma segurança muito forte para o personagem, o medo central, era de que sua tia fosse atacada, precisarão agora demonstrar (e já o fizeram) que existem riscos para a vida de Nick e Juliet. E que venha o próximo conto.