Desperate Housewives - 8.03: Watch While I Revise the World

O que você mais quer, ou precisa, nem sempre é o que você pode ter, ou lidar. E é com essa frase que demonstra exatamente o que Watch while I revise the world quer nos mostrar.

Alerta de Spoilers!

Fiquei em duvida sobre fazer uma review dupla de Desperate ou não, e decidi fazer duas reviews, porém separadas, já que as considerações para cada um dos capítulos é um tanto extensa e eu não queria me perder na escrita ou fazer um manuscrito.

Eu sinto um aperto no coração depois de assistir a um episódio desses de Desperate Housewives. Foi ruim? De forma alguma, foi um ótimo episódio, sem nenhum tipo de novidade, com um cliff hanger bem calminho, mas um episódio delicioso de se assistir.

Dado aos dramas já esperados, e a premonição bem obvia que eu tive no começo da temporada com a relação Carlos x Susan e Mike, o que eu queria mesmo ver era como Susan iria escapar dessa situação e como esse plot iria se desenvolver até Mike finalmente descobrir a verdade. Mas, se considerarmos que essa é a ultima temporada de Desperate, é meio preocupante imaginar que a série iria se desenvolver por tantos episódios até que essa torta de climão fosse devorada ou jogada no lixo. E é então que meus medos são transformados em alegria, os redatores perceberam que não teriam tempo para desenvolver todos os episódios até que a verdade fosse colocada na mesa e depois de uma sessão de trabalho comunitário e um medo crescente de que Carlos e Susan chegassem a se beijar dentro do furgão, os dois decidem se abrir e contar a verdade para Mike sobre o assassinato do padrasto da Gaby, parabéns aos redatores.

Sinceramente, eu estou começando a ficar de saco cheio para o fato da Renee nunca ter parte alguma em um plot centrado da série, nesse episódio o vizinho bonitão e misterioso sumiu, e jogaram a nossa perua favorita nos braços de Lee que também estava sumido e de quebra ainda a colocaram para cuidar da filha do Lee que honestamente eu nem me lembrava da existência. De uma forma ou de outra é plausível, não é todo mundo em Wisteria Lane que precisa estar metido em um problema gigantesco para fazer parte do subúrbio. Mesmo assim, se formos lembrar do final que Katherine levou após ser forçada dentro do contexto central de Desperate é até seguro deixarem Renee de fora, por que é uma personagem que se for bagunçada demais vai fazer muita falta.

E quando eu pensava que nada mais parecia fluir para Lynette a irmã dela aparece, preciso dizer que um sorriso enorme abriu quando eu vi Sarah Paulson parada na porta da dona de casa. Podiamos ter uma irmã melhor para a mais boca dura das donas de casa? Creio que não, até por que se o Tom aparecesse mais uma vez eu entraria em coma e despertaria somente quando Terra Nova voltasse ao tempo presente. Todo o drama entre as duas irmãs ficou bem bobinho, não acrescentou nada na trama de Lynette, mas olha, é um curso que muitas das séries atuais precisam aprender. Você não precisa colocar uma trama super trabalhada para cada uma das protagonistas e um mistério, ou uma grande bomba para cada uma delas para que o episódio fique interessante, arroz com feijão nunca matou ninguém.

Quanto ao caso Bree x Gaby e o mistério do policial casamenteiro, nada foi muito definido. Claro que ainda estamos no terceiro episódio da série e ter o mistério principal resolvido em três semanas ia ficar meio forçado demais. Mas ainda consegue ser interessante, mesmo para mim, o episódio ter sido mais focado nas tramas menores do Lee e da Renee do que nas tramas principais. Todo o caso do envelope, da foto da mão, tudo isso não chegou a me deixar preocupado, muito menos a fala do policial no final do episódio dizendo que um dia a Bree ia precisar dele, para sermos honestos é só o cara puxar a ficha dela pra saber que um dia ou outro ela ia precisar de ajuda policial.

Foi um ótimo episódio, nem muito revelador, e mesmo assim não deixou as coisas soltas no ar, foi um caminho simples e fácil. Quero que as coisas comecem a acelerar mais e mais e que alguns showrunners tomem uma lição ou outra em como se construir um episódio coeso sem que pessoas precisem morrer no final.